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Para compreender um mundo em suspenso, “Diplomatas” é um podcast com Teresa de Sousa e Carlos Gaspar, numa parceria com o IPRI.
The podcast Diplomatas is created by Teresa de Sousa e Carlos Gaspar com moderação de Ivo Neto. The podcast and the artwork on this page are embedded on this page using the public podcast feed (RSS).
Pouco depois de tomar posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos, na segunda-feira, Donald Trump declarou que “o declínio da América terminou”.
Ouviu, seguramente, os últimos episódios do Diplomatas, e não terá gostado de saber que a tese vigente neste podcast sobre a capacidade norte-americana de defender e impor os seus interesses em qualquer parte do globo aponta, precisamente, para a conclusão oposta.
Percepções à parte, é possível mergulhar no mar de decretos e de perdões presidenciais que transbordou nos últimos dias da Casa Branca e encontrar um projecto político coerente e de longo prazo?
E o que é nos dizem as companhias e as ameaças do novo Presidente dos EUA sobre a sua forma de olhar para o exercício do poder?
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Faltam poucos dias para Donald Trump regressar à Casa Branca e, por isso, já não sobravam muitas oportunidades para se olhar para o mandato de Joe Biden e perceber que legado deixa o (ainda) Presidente democrata aos Estados Unidos e ao mundo.
Se já era difícil encaixar mais de 50 anos de serviço público numa conversa de cerca de meia hora, o desafio de usar esse mesmo tempo para analisar quatro anos de presidência de Biden não era mais fácil. Mas foi superado.
Da vitória sobre Trump em 2020; ao debate interno dentro do Partido Democrata para encontrar um sucessor; passando pela economia e pela política migratória; e saltando o Atlântico e o Pacífico para perceber o que se fez em relação à Ucrânia, à Rússia, à NATO, a Israel, ao Médio Oriente ou à China. Foi tudo posto em cima da mesa.
Procurámos respostas para as opções estratégicas da Administração Biden, entre 2021 e 2025, e para as suas consequências internas e externas. E encontrámos muitas.
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20 de Janeiro, 23 de Fevereiro e 8 de Maio. São apenas três dias dos 365 deste novo ano, mas é provável que muito do que vai acontecer e marcar a política internacional em 2025 venha a passar por eles.
Em todas datas, os temas são comuns: o protagonismo de forças e de actores políticos populistas e extremistas; a reflexão sobre as alterações em curso à política de segurança europeia; interrogações e dúvidas sobre o estado de conservação dos motores económicos regionais; e a lembrança do passado enquanto ferramenta de análise do presente e de projecção do futuro.
Podemos adiantar uma pista sobre a primeira data: Washington D.C., Estados Unidos da América. Não é uma surpresa.
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Em apenas semana e meia, a guerra que parecia esquecida tornou-se tema central e o regime de Bashar al-Assad caiu. O ditador fugiu para a Rússia e Damasco é agora governada por um governo transitório que tem procurado conquistar a confiança internacional e que definiu como principal prioridade a segurança, a estabilidade e o regresso dos refugiados. O que aconteceu, afinal, no fim-de-semana passado?
Com o passar dos dias, e quase como quem cai na realidade, em algumas entrevistas, representantes de minorias dão conta dos receios que sentem sobre o passado jihadista dos Hayat Tahrir al-Sham. Será que o grupo se moderou verdadeiramente?
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Uma crise política em aberto em França. Um dos principais partidos da Alemanha em crise, quando estamos a poucos meses de o principal motor económico da Europa ir a votos. A Geórgia tem a ameaça de uma Maidan às portas e a extrema-direita, próxima de Vladimir Putin, galvaniza-se na Roménia. Como podemos olhar para a Europa nos próximos meses?
A poucas semanas da tomada de posse de Donald Trump, Mark Rutte, secretário-geral, na NATO, deixou uma mensagem, de certa forma ameaçadora, ao Presidente eleito dos EUA, numa entrevista ao Financial Times, em que fala de uma “terrível ameaça” para os EUA, se a Ucrânia for forçada a um mau acordo de paz. Mas que ameaça é essa?
E no meio de um contexto já tenso, ainda na ressaca de um cessar-fogo frágil entre Israel e o Líbano, ameaçado diariamente, o conflito na Síria, que parecia adormecido, volta a estar no olho do furacão. Sofia Lorena escreve mesmo, num dos textos publicanos nesta semana, que o mundo se tinha esquecido da Síria. O que aconteceu, quem são os Hayat Tahrir Al-Sham e que objectivo têm?
E ainda temos tempo de olhar para a Coreia do Sul onde o Presidente declarou a lei marcial.
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A Rússia atacou a Ucrânia há 1000 dias. A data celebra-se na mesma altura em que Joe Biden surpreendeu meio mundo ao autorizar a Ucrânia a utilizar em território russo os famosos ATACMS. O primeiro ataque com estes mísseis, feitos nos EUA, que têm um alcance de até 300 quilómetros, aconteceu na terça-feira e na quarta-feira as forças de Kiev usaram os Storm Shadows, de fabrico britânico. O que significa isto para o futuro do conflito no Leste da Europa?
A Força Aérea da Ucrânia acusa, entretanto, a Rússia de ter lançado um míssil intercontinental contra a Ucrânia nesta quinta-feira. Isto acontece poucos dias depois de Putin ter actualizado a doutrina nuclear da Rússia. O que podemos realmente esperar do lado da Rússia em relação ao que vai acontecer?
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Donald Trump já apresentou alguns dos nomes da sua nova administração. Marco Rubio como secretário de Estado é o homem que vai substituir Anthony Blinken na política externa dos EUA. Há ainda outros nomes com impacto na política externa, no rol de nomeações que Trump fez na última semana.
Elise Stefanik, uma republicana que votou contra a certificação da eleição de Joe Biden em 2020, será a embaixadora dos EUA na ONU. Mike Huckabee, que nega a existência da Cisjordânia, será o embaixador em Israel. Que importância têm estas nomeações?
Enquanto se espera pela entrada de Donald Trump na Casa Branca, e pelas consequências na política externa, nomeadamente no que diz respeito à ajuda à Ucrânia, os habituais aliados procuram reforçar a independência face a Washington. “Queremos ser donos do nosso destino”, resumiu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na reunião da Comunidade Política Europeia.
Keir Starmer, o primeiro-ministro britânico, e Emmanuel Macron também se reuniram em Paris para reforçar o apoio a Kiev no início desta semana.
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Donald Trump venceu as eleições dos EUA, conseguindo juntar a vitória no Colégio Eleitoral ao voto popular. Além disso, o Partido Republicano vence também o Senado e prepara-se para a maioria na Câmara dos Representantes. É uma vitória em toda a linha de Trump, que tem ainda um Supremo Tribunal que lhe é favorável.
E o que significa a vitória de Trump para a guerra na Ucrânia e para o conflito no Médio Oriente?
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Na terça-feira, os norte-americanos vão eleger o novo Presidente. Mas as eleições dos EUA originam réplicas em todos os países do mundo. O que pode acontecer na Europa se Donald Trump for novamente eleito? E como se está a preparar Bruxelas para essa realidade?
E o que dizem as sondagens a menos de uma semana das eleições? O fulgor que os democratas ganharam com a chegada de Kamala Harris parece estar a perder-se. Isso acontece porquê?
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A economia é, segundo as sondagens, o assunto que mais importa aos norte-americanos, mas a imigração e a questão do aborto continuam a merecer a atenção de Kamala Harris e Donald Trump a pouco mais de semana e meia para o dia das eleições.
Que trunfos têm guardado os dois candidatos à Casa Branca?
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Volodymyr Zelensky apresentou o seu plano para a vitória aos líderes europeus. São cinco pontos que o nosso jornalista João Ruela resume deste modo: convite incondicional para a NATO, autorização para atacar alvos russos, dissuasão não nuclear, exploração de recursos naturais e plano pós-guerra são os pontos do plano do Presidente ucraniano. Será que consegue quebrar a apatia ocidental?
E nos EUA, a pouco mais de duas semanas para as eleições presidenciais, as sondagens colocam Donald Trump e Kamala Harris lado a lado. O que pode acontecer de surpreendente?
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Volodymyr Zelensky continua a procurar apoio para enfrentar a agressão russa que dura há quase três anos. Mas o que se ouve nos corredores de Washington e de Bruxelas não são assim tão boas notícias. O que se passa entre os aliados da Ucrânia? E qual é o papel que as guerras no Leste da Europa e no Médio Oriente podem desempenhar nas eleições dos Estados Unidos da América em Novembro?
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A semana fica marcada pela invasão do Líbano por Israel e pela resposta do Irão, que lançou perto de 200 mísseis contra Israel. Estamos já numa guerra regional, como apontam alguns analistas? E até onde vai Benjamin Netanyahu?
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O Reino Unido viu-se, nos últimos dias, assolado por um rasto de destruição levado a cabo por grupos da extrema-direita e da direita radical. Já foram detidas centenas de pessoas e praticamente todos os dias há registos de novos confrontos com a polícia.
Tudo começou depois da morte de três crianças e de uma campanha de desinformação em que foram divulgadas mensagens falsas acusando o atacante de ser refugiado. O principal suspeito nasceu, na verdade, em Cardiff, no País de Gales. Que responsabilidades devem ter os donos das redes sociais que, na verdade, impactam a vida de milhões de pessoas?
Tim Walz é o escolhido por Kamala Harris para ser o seu vice-presidente. Walz é um veterano de 60 anos da Guarda Nacional do Exército dos EUA, antigo professor e treinador de futebol americano numa escola do Nebrasca, o seu estado natal. Foi eleito para Câmara dos Representantes dos EUA em 2006, onde serviu durante 12 anos antes de vencer as eleições para governador do Minnesota em 2018.
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Ismail Haniyeh, a face pública do Hamas, foi morto na madrugada de quarta-feira, em Teerão, capital iraniana, onde estava para as cerimónias de tomada de posse do novo Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O que representa para o acordo de paz na Faixa de Gaza?
Apesar de a maioria das projecções apontarem para uma vitória da oposição, a verdade é que o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a vitória de Nicólas Maduro nas eleições venezuelanas do passado domingo. Maria Corina Machado, que, recorde-se foi impedida de participar nas eleições, contestou a votação. E figuras historicamente próximas do regime de Caracas, como Lula da Silva, também estão reticentes em aceitar o resultado oficial.
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O debate com Donald Trump, no final de Junho, expôs as fragilidades de Joe Biden. A Cimeira da NATO não serviu como antídoto para dissipar todas as dúvidas e o que se seguiu do lado dos republicanos — uma tentativa de assassínio ao nível de Hollywood e uma convenção em Milwaukee cheia de fervor — como que acelerarou o processo.
Joe Biden está fora da corrida ao segundo mandato na Casa Branca e todos os indicadores apontam para que Kamala Harris assuma a candidatura democrata. O que muda na corrida à Casa Branca?
No meio de toda esta confusão foi apanhado Benjamim Netanyahu, que discursou ontem no Congresso nos EUA. Elogiou Joe Biden e estendeu os elogios a Donald Trump. E visou, sobretudo, o Irão, tal como escreveu a nossa jornalista Sofia Lorena. “Para o Irão, Israel é primeiro, a América é a seguir”, disse.
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Que impacto pode ter o que aconteceu no passado fim-de-semana, o ataque a Donald Trump, nas eleições de Novembro? Trump anunciou, logo no início desta semana, que iria mudar o discurso que tinha preparado para a convenção que está a acontecer depois do atentado falhado. E que implicações pode ter o que aconteceu na campanha democrata?
Nas primeiras duas semanas da presidência rotativa do Conselho da UE pela Hungria, Orbán visitou Kiev, Moscovo, Pequim e Washington numa “missão de paz” que, no entanto, abriu uma nova guerra com Bruxelas. Em termos de política externa, o que pretende o primeiro-ministro húngaro?
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A Nova Frente Popular conseguiu 182 lugares nas eleições de França. O Juntos, 168, e a União Nacional, que ficou em terceiro, conseguiu 143. O que aconteceu para este resultado que surpreendeu, na verdade, não só os franceses, mas toda a Europa? Que responsabilidades tem agora a Nova Frente Popular com este resultado?
Terminou ontem a Cimeira da Nato, em Washington, com promessas de reforço de ajuda à Ucrânia, isto numa semana marcada por um violento ataque da Rússia à Ucrânia, que visou um hospital pediátrico em Kiev. Um dos pontos de interesse nesta Cimeira foi também a prestação de Joe Biden. Nos últimos dias, começaram a surgir apelos de figuras democratas a pedirem que o presidente dos EUA desista da corrida. Nancy Pelosi foi um dos mais recentes.
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No fim-de-semana, a Suíça recebeu as delegações de cerca de 100 países para uma cimeira de paz organizada pela Ucrânia. Entre as ausências, além de qualquer representante da Rússia ou da China, destaca-se, por exemplo, Joe Biden, que, por motivos de campanha, enviou Kamala Harris. A declaração final desta cimeira de paz não foi assinada por todos os países – Brasil ou índia, por exemplo, destacam-se entre os países que não a assinaram. Que importância tem, afinal, esta cimeira no caminho para a paz no Leste da Europa?
Depois das eleições europeias, em que os partidos da direita radical conseguiram uma subida expressiva, espelhada muito particularmente em França e Itália, começou a corrida pelos top jobs na UE. Nesta segunda-feira realizou-se um jantar onde já se esperava que os principais lugares fossem destacados. Mas não houve um acordo rápido e unânime dos 27 para anunciar a recondução da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para um segundo mandato, a nomeação de António Costa para dirigir o Conselho Europeu e a escolha da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para o cargo de alta-representante da Política Externa e de Segurança da UE.
Ainda assim, tal como escreve a nossa correspondente em Bruxelas, Rita Siza, é esperado que no próximo Conselho Europeu, que acontece já na próxima semana, a decisão fique já feita.
Ainda no rescaldo das eleições europeias, uma das decisões mais inesperadas dessa noite foi a de Emanuel Macron, que dissolveu o Parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas. Todas as sondagens apontam para uma vitória da União Nacional, o partido de direita radical de Marine Le Pen. O que significa isto para a Europa?
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A votação para as eleições europeias já começou oficialmente em alguns dos 27 Estados da União Europeia e prolonga-se até domingo. Portugal concentra a votação no dia 9. O que podemos esperar da votação desta semana? Vai confirmar-se a anunciada viragem à direita, como apontam as sondagens?
A semana que passou fica claramente marcada por uma importante decisão de vários elementos da NATO sobre o uso de armas contra alvos russos. Primeiro nos EUA e depois na própria Alemanha. A Ucrânia veio, até, confirmar que já usou mesmo armas norte-americanas contra alvos russos.
Num ano marcado por importantes eleições, esta semana foram conhecidos os resultados das eleições no país mais populoso do mundo numas eleições que começaram há quase dois meses. O primeiro-ministro Narendra Modi perdeu a maioria parlamentar e vai mesmo ter de negociar com aliados para governar.
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Portugal recebeu, na terça-feira, em pessoa, pela primeira vez desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A visita acontece numa altura muito complicada para a Ucrânia. Já tinha sido, inclusive, adiada. O Governo português compromete-se a fornecer apoio militar à Ucrânia no valor de 126 milhões de euros.
Um valor que, ainda assim, fica aquém dos mil milhões em armamento prometidos por Espanha, dos sete mil milhões de Berlim ou dos 30 F-16 oferecidos pela Bélgica. Que importância tem a visita do Presidente ucraniano nesta altura?
Emmanuel Macron está numa visita de Estado a Berlim. É a primeira visita de Estado em 24 anos. Um encontro entre dois líderes e dois países com visões diferentes sobre muitos pontos. A começar pela guerra na Ucrânia e, por exemplo, sobre o uso a dar ao armamento que chega do exterior.
Neste episódio vamos ainda falar da campanha para as eleições europeias e dos debates entre os cabeças de lista dos vários partidos.
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Desde a passada sexta-feira, que as forças russas têm pressionado a região de Kharkiv . Zelensky visitou a região e cancelou as viagens que tinha marcado para o estrangeiro, nomeadamente para Portugal e Espanha. Também Anthony Blinken, que visitou Kiev na terça-feira, reconheceu o momento delicado que a Ucrânia vive. Como está a situação no Leste da Europa?
Ao mesmo tempo, Vladimir Putin fez mais uma visita à China, naquela que é a sua primeira viagem ao exterior depois de ser reeleito, uma semana depois de Xi Jinping ter estado, ele próprio, num périplo por países europeus. O que motiva esta visita?
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi alvo de uma tentativa de assassínio na quarta-feira. O responsável continua a recuperar num hospital. O que significa este ataque, a poucas semanas das eleições europeias?
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Xi Jinping está de regresso à Europa cinco anos depois da última visita ao Velho Continente. A visita é para ajudar a mediar a tensão com o Irão e com a Rússia ou teve, sobretudo, objectivos económicos?
Enquanto se continua a aguardar pelo cessar-fogo entre Israel e o Hamas, as Forças de Defesa de Israel avançaram sobre Rafah, assumindo o controlo do posto fronteiriço que permitia a saída de palestinianos para o Egipto. Entretanto, os EUA congelaram o envio de armas para Israel precisamente por temerem um ataque em Rafah. O que significa isto na já de si complicada relação entre Biden e Netanyahu?
Os governos de São Tomé e Príncipe e da Rússia assinaram um acordo militar que prevê, entre outros pontos, a deslocação de navios e aviões de guerra ao arquipélago. Trata-se, aqui, de mais um marco no mapa do Sahel que a Rússia carimba.
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Nos últimos dias, as universidades dos EUA tornaram-se palcos de violentos protestos e contraprotestos pró-Palestina. Centenas de pessoas já foram detidas, entre alunos e até professores. “Não sabemos muito bem como chegámos a este ponto de violência”, disse Anna Dai-Liu, do Jornal da Universidade da Califórnia. Como se pode explicar o escalar da violência nestas universidades?
No final da última semana, Pedro Sánchez, na sequência de investigações judiciais contra a sua mulher, ameaçou bater com a porta. Acabou por não o fazer e até disse que vai continuar a liderar os destinos do país com mais força. Acusou, no entanto, a oposição, particularmente o PP e o Vox, de fazer um jogo sujo e de querer uma “degradação da vida pública”. O que se passa, afinal, em Espanha?
No primeiro debate entre os Spitzenkandidaten das eleições europeias, Von der Leyen, admitiu estar disponível para trabalhar com a direita radical. Já quando anunciou a sua candidatura tinha deixado esta possibilidade em aberto. Tem sentido esta estratégia?
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Apesar dos pedidos de contenção por parte dos tradicionais aliados de Israel, de modo a que se evite uma escalada para um conflito regional, a verdade é que Netanyahu continua a exigir o direito de tomar “decisões próprias” e não descarta a retaliação contra o Irão, depois do ataque de sábado. Até onde pode escalar a guerra no Médio Oriente?
Neste programa, falamos também do caminho de Portugal para a Europa no pós-25 de Abril. Como foram os primeiros passos rumo a essa europeização?
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Mário Soares e o 25 de Abril, da autoria de David Castaño, procura descrever e analisar de forma sucinta e acessível o papel desempenhado pelo líder do Partido Socialista nos momentos-chave da transição democrática e compreender de que forma as suas acções influenciaram o rumo dos acontecimentos político-militares nesses meses decisivos para a definição do novo regime.
É a partir do livro que viajamos neste episódio. Que papel teve Mário Soares na definição da política externa de um país acabado de sair da ditadura? E como era visto Portugal lá fora?
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A NATO celebra este ano 75 anos, numa conjuntura internacional marcada, de forma muito clara, pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Que mudanças trouxe à NATO a guerra na Ucrânia? E quais os desafios que vão marcar a Aliança Atlântica nos próximos anos?
Portugal, que celebra este ano os 50 anos do 25 de Abril, faz parte dos países fundadores da NATO. O que levou Portugal a ser convidado a integrar a NATO quando ainda estava sob uma ditadura militar?
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Há uma semana, um atentado terrorista numa sala de espectáculos na cidade de Krasnogorsk, a pouco mais de 25 quilómetros do Kremlin, fez mais de 130 mortos. É o maior atentado terrorista na Rússia nos últimos 20 anos.
O Daesh confirmou poucas horas depois a autoria do terrível ataque, colocou online imagens que demonstram a sua responsabilidade nesta autêntica carnificina, mas Vladimir Putin, que demorou largas horas a reagir a esta tragédia, aponta o dedo à Ucrânia e ao Ocidente, cujos responsáveis foram lestos a afastar qualquer responsabilidade no mesmo. Pode este atentado justificar uma nova onda de ataques russos na Ucrânia?
Já na quarta-feira, Putin disse que não tinha intenções de atacar qualquer país da NATO, ressalvando que não tem a intenção de agredir a Polónia, os países do Báltico ou a República Checa. O que valem estas promessas do Presidente russo?
Ao fim de seis meses de guerra, depois de várias tentativas, o Conselho de Segurança aprovou um cessar-fogo imediato em Gaza, com a importante mensagem da abstenção dos EUA. Está Netanyahu cada vez mais isolado?
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse, esta semana, que a China é a “maior ameaça estatal” ao Reino Unido. Londres acusa Pequim de uma série de ciberataques que decorreram em 2021 e que foram descobertos em Outubro.
O regime chinês conseguiu chegar aos dados de 40 milhões de eleitores britânicos e, num outro incidente, aceder aos e-mails de 43 deputados e membros da Câmara dos Lordes conhecidos por defenderem políticas mais duras em relação a Pequim. Como se trava este tipo de guerras não cinéticas? Está o Ocidente preparado para travar Pequim?
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O Conselho Europeu, que decorre esta semana, é marcado sobretudo por questões relacionadas com políticas externas e de forma muito particular com o apoio da Europa à Ucrânia. Na quinta-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que os lucros dos activos russos deveriam ser utilizados para comprar armas para Kiev. Mas até que ponto está a opinião pública convencida do regresso da guerra ao continente europeu?
Nesta quinta-feira, Max Bergmann, na revista Foreign Affairs, diz que a NATO precisa de ser mais Europeia. “Está a surgir um consenso em ambos os lados do Atlântico de que os europeus devem assumir a responsabilidade pela sua própria segurança”, escreve. Que papel pode desempenhar a Alemanha neste processo?
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Na semana passada, a directora do canal RT, muito próxima do Kremlin, divulgou uma gravação de 30 minutos de uma reunião entre quatro oficiais das Forças Armadas alemãs em que era discutida a possibilidade do envio dos mísseis Taurus para a Ucrânia, uma hipótese que Berlim tem rejeitado sistematicamente. Scholz reagiu logo no sábado, dizendo que a fuga era muito grave, e, já nesta semana, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, acusou a Rússia de estar a travar uma “guerra de informação” com a Alemanha. Que importância tem esta fuga, o que compromete e como é que isto acontece em sistemas tão avançados e supostamente tão seguros?
A Comissão Europeia aprovou uma Estratégia Industrial de Defesa até 2030 com um programa de financiamento de 1,5 mil milhões de euros para acelerar a produção de armas. “Esta guerra mudou a forma como olhamos para a nossa política de defesa e as nossas capacidades militares”, disse Josep Borrell. Para onde caminha a Europa em termos de defesa e o que vai mudar na vida dos europeus?
Donald Trump, sem surpresa, fica a sós na corrida à Casa Branca com Joe Biden. Nikkey Haley anunciou a desistência depois da "super-terça-feira". Venceu apenas as votações em dois estados e na terça-feira foi derrotada de forma muito clara pelo antigo Presidente dos EUA. A dúvida, como escreveu esta semana o nosso jornalista Alexandre Martins, é perceber se quem votou em Haley nestas primárias vai transferir o voto para Trump num cenário nacional contra Biden. Os apoiantes da antiga embaixadora dos EUA na ONU podem votar em Trump?
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A semana fica inevitavelmente marcada pelo discurso de Macron ao dizer que o envio de militares ocidentais para a Ucrânia não ser “uma hipótese totalmente excluída”. O que significa e que consequências pode ter?
O discurso de Macron acontece na mesma semana em que, finalmente, a Hungria, do iliberal Viktor Órban, decidiu votar a favor da entrada da Suécia na NATO. “Ego, Putin ou aviões?”, questionava Andrew Higgins, do The New York Times, esta semana. Porque demorou, afinal, tanto tempo Órban a aprovar a entrada dos Nórdicos na Aliança Atlântica?
O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, apresentou, ainda no final da semana passada, um plano para o que será o pós-Gaza. O responsável israelita pretende implementar um perímetro de segurança com o Egipto e o controlo de segurança sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Este plano é possível?
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Yulia Navalnaya, mulher de Alexei Navalny, poucas horas depois de se saber da morte do marido numa prisão remota na Rússia, para onde foi levado há semanas, interrompeu a Conferência de Segurança de Munique para pedir justiça contra Putin. Yulia e a restante família do opositor do Kremlin continuam sem ter acesso ao corpo ao fim de quase uma semana. O que significa a morte de Navalny para a Rússia e para a oposição da Rússia?
Quando estamos a apenas dois dias de se completar dois anos do ataque da Rússia à Ucrânia, também em Munique — e depois de se confirmar a queda de mais uma cidade na mãos do Exército russo, neste caso Adviika—, Zelensky voltou a pedir armas e a sublinhar a importância de uma vitória ucraniana para a sobrevivência da Europa. "A Rússia teve de se ajoelhar perante o Irão e a Coreia do Norte, e a Europa acabou com o mito de que não se conseguia defender contra uma guerra", disse ainda o Presidente ucraniano. O que vai acontecer nos próximos meses?
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Donald Trump voltou a colocar a NATO e os seus membros no centro de um intenso debate. Trump disse que se um país da NATO que não tivesse cumprido as metas orçamentais em termos de defesa fosse atacado pela Rússia, os Estados Unidos não só não o ajudariam como, até, encorajariam a Rússia a atacar.
“É vergonhoso e antiamericano”, disse Biden, Presidente dos EUA. “Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente compromete toda a nossa segurança”, disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Em Portugal, a 23 dias das eleições legislativas, olhamos para os programas eleitorais dos dois maiores partidos portugueses, o PS e o PSD, que vai a eleições na coligação Aliança Democrática. O que podemos retirar dos dois programas a nível de política externa e de defesa?
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A poucas semanas de se marcar o segundo aniversário da guerra na Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, demitiu o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valerii Zaluzhny, com quem tinha uma relação cada vez mais difícil. Para o seu lugar foi nomeado Oleksandr Syrskii, que era comandante das forças terrestres. A que se deve esta mudança e que imagem deixa nos parceiros externos?
Os senadores do Partido Republicano chumbaram na quarta-feira uma iniciativa bipartidária para reformar as leis de asilo e reforçar a segurança na fronteira com o México, que incluía, como contrapartida, desbloquear um novo pacote de assistência à Ucrânia, mas também a Israel. O processo teima em arrastar-se e a Ucrânia já se ressente da falta de apoio. Pode a Europa ajudar a Ucrânia na ausência dos EUA?
O Hamas respondeu a uma proposta de cessar-fogo com um plano próprio que apresenta um caminho para o fim da guerra na Faixa de Gaza. O Hamas compromete-se a libertar os reféns que mantém sequestrados desde 7 de Outubro desde que as forças israelitas se retirem totalmente do território. Do lado de Israel, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta "ilusória" do Hamas "conduzirá a um novo massacre e provocará uma grande tragédia em Israel que ninguém estará disposto a aceitar". Ainda assim, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que "ainda há espaço para um entendimento".
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Os chefes de Estado e Governo da União Europeia fecharam o acordo para apoiar a Ucrânia com 50 milhões de euros na resistência à invasão da Rússia. “Este acordo garante um financiamento estável, previsível e de longo prazo para a Ucrânia”, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. “Este é um bom dia para a Europa”, reagiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Por seu lado, Viktor Órban foi obrigado a recuar na pressão que foi impondo nos últimos meses. O que significa esta mudança?
Paralelamente, em França, e já com réplicas em vários países europeus – Portugal incluído –, os agricultores estão na rua. Para já, há uma vítima declarada: o acordo do Mercosul, com a morte a ser anunciada por Emmanuel Macron. Há também as importações da UE feitas à Ucrânia. O que se passa, afinal, em França e qual o risco de isto escalar para uma crise verdadeiramente europeia?
“Não está em risco a legislatura, quando muito a amnistia”, dizem responsáveis do Governo espanhol depois de as negociações com o Junts, sobre a lei da amnistia, estarem travadas. Num artigo no jornal El País, o correspondente parlamentar Xosé Hermida diz que, apesar de a legislatura não estar tremida, pode “estar presa” por um fio. Num ano marcado por eleições um pouco por todo o mundo, até em Espanha, onde, por exemplo, a Galiza aqui ao lado vai a votos daqui a duas semanas, pode Espanha ser novamente chamada às urnas?
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Esta semana, o European Council on Foreign Relations, um think thank europeu, publicou uma projecção com os resultados para as próximas eleições europeias, que se realizam em Junho. De acordo com os resultados, as forças de direita radical e extrema-direita deverão conquistar entre 183 e 197 dos 720 lugares de eurodeputado na próxima legislatura, um resultado histórico e que lhes assegura uma representação de 25%.
O grupo de extrema-direita Identidade e Democracia (ID), que reúne partidos como a União Nacional de Marine Le Pen, a Liga de Matteo Salvini ou a Alternativa para a Alemanha, pode passar a ser a terceira força no Parlamento Europeu. Como se chega a este possível resultado?
Donald Trump venceu as eleições primárias no New Hampshire com mais de 50% dos votos e segue bem encaminhado para desafiar Joe Biden na luta por um lugar na Casa Branca em Novembro. Apesar da derrota, Nikki Haley rejeita desistir e é a única adversária de Trump. Mas vai aguentar-se? E até quando?
Na próxima semana, realiza-se a reunião extraordinária do Conselho Europeu para decidir o futuro do apoio europeu à Ucrânia: há 50 mil milhões de euros para desbloquear. Vai a Comissão Europeia contornar o obstáculo chamado Viktor Orbán?
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O debate e a discussão sobre a proibição do partido nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD) recomeçou na semana passada, depois das notícias de uma reunião em Potsdam entre dirigentes do partido, que conta com mais de 20% das intenções de voto em várias sondagens, e personalidades da extrema-direita, tendo-se discutido planos de remigração de imigrantes, mas até de alemães “não-assimilados”. É possível ilegalizar um partido? E o que significa isto em ano de eleições europeias?
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Taiwan realiza eleições presidenciais e legislativas no sábado, numa altura marcada por tensões diplomáticas com Pequim. Mas estas eleições são também importantes para os EUA e para a Europa. Mas porquê? E quem são os candidatos?
Na semana em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou o Médio Oriente pela quarta vez nos últimos três meses, foi atribuído a Israel mais um ataque no Líbano, desta vez matando um líder do Hezbollah. Pode este ataque contribuir para o alargamento do conflito entre Israel e o Hamas a outras regiões?
No Leste da Europa, o chanceler alemão, Olaf Scholz, reforçou os pedidos para o envio de apoio militar da Europa à Ucrânia, numa altura marcada por ataques e contra-ataques entre Kiev e Moscovo. A poucas semanas do segundo aniversário da invasão russa à Ucrânia, que papel desempenha a UE no apoio militar a Kiev?
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Nos últimos dias, o conflito no Médio Oriente, que se intensificou depois do ataque do Hamas a Israel, no dia 7 de Outubro, extravasou para outras fronteiras com a morte de Saleh al-Arouri, número dois do Hamas, em Beirute, no Líbano. Há receios de que, em 2024, o conflito se torne regional.
No leste da Europa, assistimos a uma semana tensa de combates, com ataques dos dois lados: a Ucrânia foi alvo de um dos piores bombardeamentos desde o início da guerra e a Rússia acusa Kiev de atacar Belgorod. Nos discursos de Ano Novo, Putin não falou directamente da Ucrânia, mas disse que a Rússia está mais unida e não vai abandonar os seus objectivos. Por outro lado, Zelensky falou 14 vezes da Guerra e voltou a falar dos apoios externos. É precisamente por isso que começamos, com o discurso de Zelensky, em que reforça a necessidade do apoio.
Este ano teremos mais de 80 eleições que abrangem cerca de 4,2 mil milhões de pessoas – 52 por cento da população mundial, com especial destaque para os EUA e as Europeias.
O que podemos esperar de 2024?
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No último episódio de 2023, passámos em revisão os momentos mais importantes do ano que termina. Olhámos para as datas que marcaram o ano e para as pessoas que mais se destacaram no âmbito da diplomacia internacional.
Tudo isto com os olhos postos no ano que vem. 2024 será marcado por (muitas!) eleições e pelo que vai acontecer na guerra na Ucrânia e no conflito entre Israel e o Hamas.
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Volodymyr Zelensky esteve num verdadeiro périplo que o levou desde a Argentina até Oslo, na Noruega. O objectivo é o mesmo: garantir que o apoio para a guerra contra a Rússia não esmoreça. Mas foi, sem dúvida, o encontro com Biden o mais marcante. Até porque os EUA continuam a ser o principal aliado de Kiev contra a invasão que faz dois anos em Fevereiro.
Biden reforçou a ideia de que esta guerra não é só da Ucrânia e disse que vai continuar a ajudar na defesa contra Moscovo. Por seu lado, Zelensky disse que, ao mesmo tempo que há um impasse nos EUA e na Europa, Putin continua a coleccionar aliados, que vão desde a Coreia do Norte até ao Hamas.
E se as divisões marcam a guerra na Ucrânia, o conflito no Médio Oriente tem também colocado as acções da ONU no olho do furacão. Os EUA vetaram o pedido de cessar-fogo do Conselho de Segurança na ONU, o que provocou uma reacção de incompreensão por parte dos Estados árabes. Para onde caminha o conflito entre Israel e o Hamas?
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A poucos meses de se completarem dois anos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, as forças de Kiev enfrentam um impasse na linha da frente e vivem ameaçadas pela possível falta de apoio internacional. De forma particular, os EUA, que não chegam a acordo para a renovação do apoio militar à Ucrânia.
Neste programa olhamos ainda para dentro... mas com os olhos no mundo. A disputa pela liderança do PS é também marcada pela visão dos candidatos sobre o enquadramento do país a nível internacional. Há algumas semanas, José Luís Carneiro apontou a Pedro Nuno Santos, criticando-o pela proximidade a partidos anti-NATO e anti-UE. O que representa, afinal, a política externa quando estamos a cerca de três meses das legislativas?
E falamos também da palavra do ano para o dicionário Oxford: o vocábulo rizz, que de uma forma muito literal pode ser traduzido por carisma. Quem são as figuras internacionais com mais rizz?
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Henry Kissinger morreu esta quinta-feira. Uma das figurais que marcou a diplomacia dos EUA no século XX, servindo os presidentes Richard Nixon e Gerald Ford. Foi responsável pela aproximação dos EUA à China e pela mitigação da tensão dos norte-americanos com a União Soviética. Mas é também uma figura controversa, criticado, por exemplo, pelo papel que teve no ataque da Indonésia a Timor-Leste.
Teve igualmente um papel importante em Portugal, tanto antes como depois do 25 de Abril. É precisamente esse o ponto de partida deste programa especial, que nos leva também à Guerra na Ucrânia.
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O mundo está de olhos postos no que pode acontecer nesta sexta-feira no Médio Oriente, depois do acordo entre Israel e o Hamas. Para hoje, é esperada a libertação dos primeiros reféns, levados de Israel pelos islamistas do Hamas no dia 7 de Outubro. Mas o que significa este acordo para o futuro do conflito?
Na política internacional, a Europa acordou nesta quinta-feira com um resultado surpreendente: a extrema-direita venceu as eleições nos Países Baixos. Um partido anti-sistema que, por exemplo, quer limitar a entrada de imigrantes no país e cortar o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Tudo na mesma semana em que o também extremista Javier Milei venceu as eleições presidenciais na Argentina.
Na semana em que a Ucrânia celebra os 10 anos da Maidan, por Kiev passaram convidados ilustres, que prometem continuar a ajudar o país na luta contra a Rússia. Qual o ponto de situação do conflito no leste da Europa?
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É, sem dúvida, um dos momentos que marcam a semana diplomática. Xi Jinping e Joe Biden reuniram-se nesta semana em São Francisco. Da questão de Taiwan até às guerras comerciais dos dois países, muitas são as divisões que marcam a relação dos dois gigantes.
E por falar em divisões, o encontro dos socialistas europeus, que se realizou em Málaga no último fim-de-semana, terminou sem qualquer menção à crise no Médio Oriente na declaração final. É este mais um sinal das divisões da Europa? E o que motiva este "fosso entre Madrid e Berlim", como diz o Político num artigo publicado nesta semana?
Neste podcast, é também analisada a sondagem do European Council on Foreign Relations. A maioria dos europeus recusa participar numa guerra entre a China e Taiwan. Mas que outras ideias podemos retirar desta análise?
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A semana fica inevitavelmente marcada pela crise política provocada pela demissão de António Costa. No Governo desde 2015, está agora envolvido num caso de justiça que terá consequências para a "reputação" do país, assim como para possíveis investimentos externos.
Já nesta quinta-feira, o PSOE conseguiu assinar um acordo com o Junts, de Carles Puigdemont. Um processo que promete dividir ainda mais o já polarizado ambiente político em Espanha.
Nesta terça-feira, fez um mês que aconteceu o ataque do Hamas a Israel. Depois de as Forças Armadas de Israel terem cercado Gaza, discute-se novamente o futuro político daquela região.
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Khalad Mashal, um dos líderes do Hamas, deu uma entrevista em que explica que a Rússia é um dos países que mais beneficiaram do ataque a Israel no dia 7 de Outubro. Na mesma entrevista, Khalad Mashal adianta que a agressão contra Israel poderá ser mimetizada pela China num futuro conflito contra Taiwan. Este é o primeiro ponto da conversa desta semana do podcast Diplomatas.
Os casos de anti-semitismo, que se têm repetido um pouco por toda a Europa, vão também ser analisados pelos nossos convidados, que falam ainda das dificuldades que Israel sente – e vai sentir – para vencer a guerra da opinião pública. Até porque a pressão contra Benjamin Netanyahu não diminuiu com o ressurgimento do conflito no Médio Oriente.
As negociações do PSOE com o Junts abrem a porta ao cada vez mais esperado Governo chefiado por Pedro Sánchez. Mas o que significam estas negociações com os partidos independentistas?
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A polémica com o Governo de Israel segue-se a críticas dos EUA ao papel de António Guterres nas negociações entre a Ucrânia e a Rússia, num mandato marcado pela eleição de Donald Trump. A reacção do Governo de Israel ao discurso de Guterres, na terça-feira, pode ser mais um indicador desse desalinhamento num mundo em profunda e acelerada mudança, e não apenas uma questão de interpretação de palavras. Neste Diplomatas ouvimos a análise de Teresa de Sousa e Carlos Gaspar.
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Joe Biden e Rishi Sunak estiveram em Israel nesta semana para condenar o ataque do Hamas, prometendo apoiar Israel neste conflito que se intensificou no Médio Oriente.
Um conflito que tem remetido para segundo plano a guerra na Ucrânia, obrigando Zelensky a um esforço redobrado para manter o conflito na agenda e continuar a receber o apoio das potências ocidentais antes da chegada do Inverno.
Tudo isto depois de no fim-de-semana, as eleições na Polónia terem resultado numa surpresa. Apesar de o partido do Governo - que prometeu reduzir o apoio à Ucrânia - foi a oposição quem conseguiu a maioria dos votos.
Neste primeiro episódio de "Diplomatas", um novo podcast do Público, a jornalista Teresa de Sousa e o investigador Carlos Gaspar discutem os pontos mais importantes da actualidade internacional.
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