Durante a Idade Média, o conhecimento clássico correu risco de cair em esquecimento devido a vários fatores, incluindo o declínio do Império Romano, invasões de tribos bárbaras e a supressão do aprendizado pela Igreja. Muitas obras clássicas foram destruídas e as poucas que sobreviveram foram em grande parte esquecidas.
No entanto, haviam regiões de preservação e avanço do conhecimento, especialmente no mundo islâmico, que mais tarde ajudaram a reacender o interesse pelo aprendizado durante o Renascimento.
A preservação e transmissão do conhecimento matemático das civilizações grega, indiana e outras por meio de traduções e comentários árabes também desempenhou um papel crucial na preservação e desenvolvimento do conhecimento matemático.
Idade de Ouro Islâmica, que ocorreu entre os séculos VIII e XIII, produziu um notável impacto no desenvolvimento da matemática. Durante esse tempo, os matemáticos persas e árabes fizeram importantes contribuições, incluindo avanços na álgebra, trigonometria e teoria dos números.
Um dos matemáticos mais famosos dessa época foi Al-Khwarizmi, considerado o pai da álgebra. Ele é responsável pela introdução do conceito moderno de álgebra e de apresentar soluções de equações lineares e quadráticas.
Outro matemático notável foi Al-Battani, que fez importantes contribuições para a trigonometria. Ele calculou com precisão a duração do ano e a posição do sol, da lua e das estrelas, e seu trabalho foi posteriormente usado como referência por Copérnico e Tycho Brahe.
As obras dos matemáticos Islâmicos foram amplamente traduzidas para o latim e tiveram um impacto significativo no desenvolvimento da matemática na Europa, onde foram estudadas e desenvolvidas por matemáticos europeus medievais.