Todos conhecemos aqueles livros a que alguns chamam, à inglesa, «guilty pleasures» — expressão que se traduz como «prazeres que não queremos anunciar ao mundo» ou, talvez de forma mais acertada, «prazeres que até queremos anunciar ao mundo, mas de tal maneira que todos saibam que nós sabemos que há outros prazeres mais refinados». Bem, o livro de que falo hoje não é bem isso. É outra coisa melhor. É um exemplo de um género de que gosto muito: o policial de humor. Sim, um policial que nos deixa a rir por entre mortos e detectives, que encontrei no Verão passado, numa daquelas papelarias de Verão com livros misturados com jornais internacionais e bóias em forma de pato. Não conto mais: oiça o episódio que está lá tudo. Ah, falta avisar: o livro tem o autor lá dentro.