380 avsnitt • Längd: 10 min • Dagligen
Böcker • Konst • Språkkurs • Utbildning
Histórias dentro dos livros, à volta dos livros, sobre os livros — e ainda sobre o que fazemos com eles e por onde andamos com eles. De vez em quando, falamos também de línguas (e outras manias).
Marco Neves é autor de vários livros publicados em Portugal e na Galiza, da página Certas Palavras (www.certaspalavras.pt) e de uma coluna no Sapo 24. É docente na NOVA FCSH. O seu livro mais recente é o Atlas Histórico da Escrita.
www.pilhadelivros.pt
The podcast Pilha de Livros is created by Marco Neves. The podcast and the artwork on this page are embedded on this page using the public podcast feed (RSS).
Hoje falo de França, dos franceses e do francês. Ou talvez não fale exactamente dessas três palavras…
Hoje, proponho uma sessão pública sobre a tradução de canções. Será na NOVA FCSH, na Av. de Berna, no dia 21 de Novembro, às 18h, no auditório C1, no Edifício C. O convidado será Daniel Galvão, que é investigador sobre o tema e director musical de dobragem de filmes.
Neste caso, quando digo «o meu livro» estou a falar de livros que escrevi. Há um de que não gosto. Revelo qual é neste primeiro episódio extra da Pilha de Livros. Espero que goste!
Hoje falo de um livro (e de duas novidades).
Hoje foi um dia atribulado. Aqui fica o relato.
Ao entrar com o Matias numa livraria, encontro alguém inesperado. Deu para um episódio em que falo de mágicos de má-fé e das vantagens de ler maus livros.
Há lugares nas cidades que todos conhecemos e que tantos fotografam — muitas vezes, estão longe de ser os lugares mais importantes para cada um de nós. Algo muito parecido acontece com os livros. Falo disso mesmo neste episódio — e, no fim, revelo um livro pouco conhecido, mas que é muito especial (mas só para mim).
Vou participar num congresso sobre literatura de viagens e levo um livro no bolso: Leva-me Contigo, de Afonso Reis Cabral.
Hoje falo da edição brasileira de Assim Nasceu Uma Língua, de Fernando Venâncio.
Um episódio sobre aquilo que vem no título: as línguas de França.
Um episódio repetido — porque hoje apeteceu-me voltar a este tema…
O livro de um escritor espanhol lembrou-me o final d'Os Maias e aquela correria toda do Carlos e do Ega. Explico porquê neste episódio, que vai bastante longe antes de chegar a Lisboa.
São oito livros até chegar ao final d'Os Maias — a viagem percorre Espanha, Inglaterra (onde falamos de tradução e do género do primeiro-ministro) e acaba numa rua de Lisboa:
* El punto ciego, Javier Cercas
* Tristam Shandy, Laurence Sterne
* Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, Mário de Carvalho
* Le città invisibili, Italo Calvino
* Las leyes de la frontera, Javier Cercas
* The Child in Time, Ian McEwan
* D. Quixote, Miguel de Cervantes
* Os Maias, Eça de Queiroz
Não estou a falar de nenhumas eleições em particular. Estou a falar da ideia em si…
Aqui fica um pequeno guia sobre seis palavras relacionadas com as eleições nos EUA.
O lançamento do livro Queria? Já Não Quer? será na Buchholz, em Lisboa, às 18h30 do dia 8 de Novembro. Vemo-nos por lá?
Hoje escolhi cinco palavras para descrever aquilo que vi em Macau.
Encontrei uma livraria absolutamente inacreditável de tão grande (e bonita). Só que havia um pequeno problema…
Hoje sou obrigado a repetir um episódio do ano passado. Espero que goste!
Hoje começo a relatar o que vi na China — e começo pel’Os Lusíadas.
Hoje deixo um episódio curto gravado em Macau.
Paris—Lisboa | Breve História do Café 5
Moca—Londres | Breve História do Café 4
Istambul—Veneza | Breve História do Café 3
Etiópia—Istambul | Breve História do Café 2
Lisboa—Istambul | Breve História do Café 1
Bibliotecas irrepetíveis
Viagens e outros livros
A tradução dos títulos dos livros e dos filmes
O fim dos Beatles e o fim do mundo
Um episódio repetido (mas espero que goste).
Vou fazer uma viagem que talvez implique uma paragem na Pilha de Livros. Mas eu volto!
Hoje, aproveito um episódio antigo. Aqui está, de novo, um ano depois, aquele que foi o episódio mais ouvido da Pilha de Livros.
Para enquadrar a referência que fiz no episódio de ontem, repito aquilo que disse há um ano.
Peço ajuda ao grupo de amigos da Pilha de Livros…
Um pequeno episódio sobre um livro cheio de aventuras (mas não propriamente de aventuras agradáveis): Os Náufragos do Wager, de David Grann. Nota: entretanto, consegui encontrar o nome do tradutor: Vasco Teles de Menezes.
Fomos a um museu e havia por lá livros.
Existem, temos de admitir. Hoje falo de dois aspectos da nossa relação com eles.
Este episódio marca o lançamento da pré-venda do livro Queria? Já Não Quer?
Espero que goste!
Para terminar este audiolivro, conversamos sobre a ignorância presente e os perigos futuros. Lá pelo meio, passamos pelo Uzbequistão.
[Repetição de episódio transmitido há um ano.]
Se sabemos pouco sobre o Universo, ainda sabemos menos sobre o passado. No capítulo de hoje, começamos numa cozinha em Pompeia e acabamos perto do Castelo de São Jorge.
[Repetição do episódio transmitido há um ano.]
A história das ideias erradas é, ela própria, muito interessante. A ideia de homúnculo, por exemplo, é magnífica. Falamos também de galáxias e de átomos — e, claro, dos testículos de Adão.
Repetição de episódio de há um ano.
A palavra «planeta» mudou de sentido e essa mudança permite-nos compreender como evoluiu a imagem do Universo ao longo do tempo.
Este episódio é uma repetição de um episódio emitido há um ano.
Pedindo desculpa aos ouvintes que já cá estavam há um ano, gostava muito de mostrar este audiolivro aos novos ouvintes da Pilha de Livros. Aqui vai…
Neste primeiro capítulo, olho para as duas ignorâncias humanas e peço a quem me ouve que viaje no tempo.
De onde vem este sinal?
Enquanto esperava pelo comboio para vir para Gaia, encontrei um livro que li há muitos, muitos anos.
Comecei a gravar o episódio na rua. O livro de que falo é A City on Mars.
Hoje falo de um cemitério de cabines telefónicas e do medo do telefone. Que tem isto que ver com livros? Os livros estão no final do episódio.
Hoje temos um episódio especial, gravado em parte nos Emirados Árabes Unidos, pela Ana Chainho. Obrigado, Ana!
Se encontrarmos uma agenda antiga, o que pode acontecer?
O primeiro episódio do novo programa Português Suave está aqui: https://observador.pt/programas/portugues-suave/
Espero que goste!
Falo (brevemente, muito brevemente) sobre o regresso à escola — e ainda sobre o tempo que temos ou não temos para ler.
Hoje revelo o título do meu novo livro (e ainda faço um agradecimento).
Uma vez por outra, acontece: tenho imprevistos e não posso gravar o episódio (não foi nada de grave). Aqui fica a repetição do episódio 123.
A Zélia sofreu um acidente com um livro (o episódio de hoje inclui uma cena arrepiante) — e eu ponho-me a falar de terraplanismo linguístico. A meio do episódio, o meu filho Simão tenta imitar (sem querer) a mãe.
Receber os manuais em Setembro era um dos prazeres do ano.
Há uns anos, descrevi um mistério numa crónica. Foi uma agradável surpresa receber a solução, mais tarde, num comentário. O livro referido no episódio (com a solução) está aqui: https://www.academia.edu/42831590/A_tiara_with_4000_diamonds
Hoje falo de uma discussão doméstica. Qual é a posição dos caríssimos ouvintes?
Hoje falo da palavra «parabéns».
Já temos vencedor! Receberá um exemplar do meu próximo livro (que sairá em Outubro).
Hoje proponho um desafio: leio o início dos segundos capítulos de três livros. Quem será o primeiro a adivinhar que livros são?
Hoje aproveito um episódio antigo sobre as várias línguas árabes.
Encontrei a citação de um escritor (muito bom, por sinal) que confunde um pouco as coisas quando fala do valor da língua inglesa.
Hoje falo de três irritações minhas com livros.
Falo de dois livros que têm uma cidade inventada dentro.
Hoje falo do Pequeno Livro do Grande Terramoto, de Rui Tavares (e não só).
No regresso da Pilha de Livros, falo de um livro sobre a invenção de línguas: The Art of Language Invention, de David J. Peterson.
Aviso já: só cumpro aquilo que o título promete mesmo no final do episódio — e, na verdade, não sou eu que dou as sugestões para mudar de casa com muitos livros; é José Alfredo Neto, num comentário que deixou na página deste canal (https://marconevespodcast.substack.com/p/61-livros-tudo-o-que-pode-correr). Bons livros e bom fim-de-semana!
Há livros que ultrapassam outros livros nesta pilha. Tinha pensado num livro que terminei ontem, mas acabei por falar de um ensaio que recomecei hoje. Logo na primeira página que li encontrei uma frase que me obrigou a trazer este livro para o cimo da pilha. Já agora, a tese do autor — Pedro Vallín — é atrevida (o título não fica atrás) e a execução é tremenda. O ensaio chama-se ¡Me cago en Godard!
Depois de uma noite agitada aqui onde estou, decidi falar de tudo o que pode correr mal com os livros. Acabei por me limitar a sete problemas, que isto um episódio não dá para tudo...
Perdido numa terra de Espanha de cujo nome quero lembrar-me (mas não vou revelar para já), pus-me à procura dos livros que recomendei há quatro anos, quando aqui estive (nesta terra em particular) pela última vez. Eram livros bastante diferentes uns dos outros, mas todos bons para ler na praia — e a razão é simples: são bons para ler na praia porque são bons livros.
Ando a viajar pelo reino vizinho e, por isso, lembrei-me de falar não de um livro, mas do que lemos quando olhamos para as placas espalhadas pelas estradas de Espanha. Vamos à Galiza, à Catalunha, às Astúrias — e não só.
Haverá livros nos próximos dias — prometo! (Até porque levo livros na bagagem...)
Hoje li um excerto do livro Knife, de Salman Rushdie, que me fez ir pedir a uma das famosas cabeças pensadoras artificiais para recriar a imagem ali descrita.
Hoje falo de uma recordação de infância e do mais antigo sinal de trânsito do mundo. É um episódio baseado numa crónica de 2019.
Neste livro (que estou a começar a ler), Salman Sushdie fala da violência de que foi vítima e da felicidade (que nunca é um tema fácil para um escritor).
Hoje dou uma novidade — e falo das próximas duas semanas aqui pela Pilha de Livros.
Respondo a três perguntas que recebi sobre o uso de «mais pequeno» em Portugal. Será um pleonasmo? Por que razão não usamos «menor»? É um erro que passou a ser comum?
Será que «mal e porcamente» é uma deturpação de «mal e parcamente»? O livro referido no episódio é Repositório do Conhecimento Inútil, de João Dias.
A Alemanha é um país que tem a particularidade de ter vários nomes muito diferentes nas diferentes línguas europeias.
Encontrei um livro antigo na casa dos meus pais — um livro que pretendia ensinar a fazer (quase) tudo.
A origem de VANESSA tem amor, desgosto (e ainda aparecem borboletas).
As duas palavras são parecidas em várias línguas. Aqui fica a explicação.
Qual será o palavrão mais usado no nosso país? Não posso confirmar, mas dou uma pista, na forma de um inquérito.
O texto que deu origem a este episódio está aqui:
Para comemorar o episódio 300, revelo o primeiro livro que li na vida.
Obrigado a todos os que acompanham a Pilha de Livros!
Hoje falamos da palavra «fetiche» (isto enquanto escrevo um novo livro…).
Um livro novo que, afinal, é uma pilha de livros só por si.
Ontem, dia 25 de Julho, foi o Dia da Galiza — e aproveitei para gravar um episódio sobre a nossa língua por lá.
Neste episódio, escrevo (ou melhor, digo) um primeiro rascunho da introdução de um livro futuro. Serve para responder à pergunta: por que razão é tão fácil cairmos nas patranhas da língua?
Falo de grutas, de vulcões, de neandertais, de baleias, da Estação Espacial Internacional, da minha família. São 40 000 anos num só episódio. O livro referido no episódio está descrito nesta página: https://ilhadotesouro.pt/
O lançamento do livro será no dia 27 de Julho, em Peniche.
É um episódio mais curto — amanhã explico porquê. O tema é este: cinco expressões deliciosas da nossa língua.
Quais são os vários tipos de revisão? O que é a fixação de texto? No episódio, refiro um curso que estou a lançar: https://marconeves.myshopify.com/
Boa semana!
O primeiro mapa de Portugal surpreende-nos muito... O mapa e a citação do BN está nesta página: https://www.bnportugal.gov.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=536
Hoje, falamos das quatro línguas da Escócia.
Caiu-me um livro aos pés...
Pus-me a ler livros galegos com sotaque do sul de Portugal.
Já falei do livro antes, mas aqui fica um episódio sobre A Portuguesa que Odiava o Catalão. Tudo por causa de algo que me aconteceu no Porto…
O livro está disponível nesta página: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfJErspn5P58KoNtOSaDLZ8oa9JNP8Xab1QL-sfZ1U10x04wA/viewform
Falo de ilhas, tômbolos, istmos, aventuras — e um livro especial.
O mapa está em “DE ÍNSULA A PENÍNSULA: O CASO DE PENICHE (PORTUGAL)”, de João Alveirinho Dias e Maria Rosário Bastos.
Hoje falo da voz — não da voz que nos entra pelos ouvidos, mas a voz que salta das páginas dum livro.
Fica o convite para a gravação ao vivo do Assim ou Assado, no dia 11 de Julho, às 14h horas, na Livraria Parlamentar.
Mais um episódio na estrada…
Como ando a preparar uma comunicação num congresso sobre literatura catalã, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, decidi fazer um episódio sobre o catalão. Aqui fica!
Hoje falamos de um livro de Ian McEwan (já falámos dele antes), do género do primeiro-ministro e das duas traduções do termo para inglês.
Hoje, falo das várias respostas que encontramos para a pergunta: «Qual é a língua mais próxima do português?».
Partilhei um vídeo sobre o galego que me deu alguns dissabores com comentadores aqui do reino vizinho. Acontece…
Há ideias muito repetidas que parecem profundas, mas não dizem quase nada.
Nem tudo é mau nos livros electrónicos (e também há livros em papel que não apetecem).
Quase todas as línguas da Europa pertencem à mesma família, mas há excepções.
Num quarto de hotel, gravo um episódio breve para falar de um livro que comprei.
Hoje, num episódio gravado muito tarde, falo de novo em divulgação científica e como é uma espécie de tradução.
Não devia falar de futebol, mas hoje apetece-me. Aqui ficam três livros sobre esse desporto a que ninguém liga.
Hoje falo de como um livro sobre a matemática que há na literatura me levou a desejar ler um outro livro (que ainda não comprei). É o habitual livro-puxa-livro.
Já alguma vez pensou como é um teclado chinês? Terá milhares de teclas? Lá pelo meio do episódio falamos de um livro sobre o tema.
Criar um livro implica pensar numa série de pormenores de produção de que nem sempre nos lembramos. Hoje o episódio é sobre esses pormenores.
O projecto referido no episódio é este: https://ilhadotesouro.pt/
O que aconteceria se encontrássemos um robot com um livro na mão?
Fazemos uma viagem pela história da palavra CAFÉ.
Há poucos meses, escrevi um texto sobre o tema: https://certaspalavras.pt/breve-historia-do-cafe-em-sete-cidades/
Sobre as várias formas da palavra antes de se tornar "café", veja-se: https://www.cnrtl.fr/etymologie/cafe
O livro referido é A History of the World in 6 Glasses, de Tom Standage, que conta a história desta bebida (e outras cinco).
Um episódio um pouquito ambicioso. Falo do livro EUREKA! As Descobertas que Mudaram a Ciência, de Adriano Cerqueira (e não só).
Apeteceu-me criar uma série de investigações criminais (digamos assim…) sobre a língua portuguesa (e não só). O primeiro episódio é este… (Também existe versão em vídeo.)
O artigo sobre a rainha D. Catarina de Bragança referido no episódio é da autoria de Susana Varela Flor, tem como título "'The Palace of the Soul Serene': Queen Catherine of Braganza and the Consumption of Tea in Stuart England (1662-1693)1" e está nesta página: https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/43491650/e_JPHv19n2_10.pdf
Será que o «crasso» de «erro crasso» é um político romano ou um fóssil linguístico?
Há um livro inglês que nos mostra uma série de palavras muito raras. Entre elas, está uma palavra de origem portuguesa. O livro chama-se The Cabinet of Linguistic Curiosities e é da autoria de Paul Anthony Jones.
Camões seguia uma ortografia? Ou nem por isso?
É o dia do primeiro aniversário da Pilha. Para comemorar, trago duas novidades.
Muito obrigado por me acompanhar nesta aventura diária.
Voltamos ao jogo dos livros: sabe dizer-me que três livros são estes? (Ao contrário do que digo no início, não vou dar os resultados já amanhã.)
Encontro As Naus por aqui perdidas e não resisto a dedicar-lhes um episódio da Pilha de Livros.
Há um livro em que o 25 de Abril é vivido em Madrid: El dueño del secreto, de Antonio Muñoz Molina.
Uma pequena viagem a uma cidade a bordo de três palavras e um livro.
Fui à Feira do Livro e vim de lá com um livro que traz Chaucer para a nossa língua.
Nem tudo são rosas lá pela feira…
Um episódio sobre uma ideia-feita sobre a Feira do Livro de Lisboa.
Qual é a origem das feiras? Ou seja, por que razão dizemos «segunda-feira» em vez de usar um nome parecido com «lunes» ou «lundi»?
Falo de tradução (que é algo que, na verdade, faço todos os dias; só não costumo gravar).
Devia contar-vos o que aconteceu no sábado, mas por hoje fico-me por uma recomendação de um livro que me apetece ler: Spice, de Roger Crowley.
Que género literário deveria ir para o caixote do lixo?
Hoje falo da língua gestual portuguesa e da aversão à língua dos outros.
Hoje deixo um convite para uma sessão sobre a língua gestual portuguesa.
Falo sobre a origem de Nuno e ainda sobre um livro sobre os nossos apelidos.
Hoje levei o meu filho mais novo a ver a cidade ao entardecer.
Hoje chegamos ao fim da Volta ao Mundo em 33 Línguas, com o regresso ao nosso país. O som do mirandês foi retirado de um vídeo da Wikitongues.
Se aterrasse agora em Portugal, será que Camões compreenderia as nossas conversas?
Hoje peço sugestões aos ouvintes.
Hoje faço um convite e revelo um novo projecto.
A cidade é particularmente interessante: e não é só por causa das línguas.
Aqui fica o texto referido no episódio: “Er Llanito ê un Iberou Ròumants làngwij ke tiene’r Westen Andalûh komo lingwìstik beis. Ouva lô s’anyô ête lingwìstik beis s’a vîto ìnfluentst polô làngwijez ke històrikli s’an avlàu n’Hivertà (Henovêh, Haketìa, etc). Nlô s’ùrtimô 70/80 anyô er Llanito s’a vîto strongli ìnfluentst pol’Inglêh Vritàniko tanto à un lèksikol komo à un gramàtikol lèvol.” [A fonte é uma página sobre a língua.]
Que tem que ver a Áustria com o galego?
Um livro sobre Viena que ainda não li leva-me a pensar nas cidades (e nos livros sobre cidades).
Faço um convite: hoje, dia 8 de Maio, às 16h, na NOVA FCSH, na Av. de Berna (Lisboa), vou estar a conversar com Carlos Pazos-Justo, um dos organizadores do livro 50 anos de Abril na Galiza. Será no Auditório A2 (Torre A). Fica a proposta: apareça para conversarmos sobre a data, o livro e, claro, a língua.
No episódio, falo também de outro livro sobre o 25 de Abril: Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires.
Hoje volto à questão dos alfabetos do sérvio, não sem antes imaginar o que aconteceria se o Brasil declarasse que o nome da língua oficial era «brasileiro».
Andei pela estrada fora em territórios do antigo Império Austro-Húngaro e agora voltei para contar.
Ainda na Croácia, trago três curiosidades sobre a língua. (Infelizmente, o microfone falhou durante a gravação e acabei por ter de usar o som registado no computador, que não é o melhor.)
Vim a Zagreb falar com alunos de português, mas não quis deixar de fazer o episódio de hoje.
Trouxe dois livros em catalão e outro em castelhano. Aqui fica o relato.
Depois de uma viagem a Bilbau para falar do português, trago cinco palavras bascas.
Falamos de duas línguas que na verdade são muito mais que duas línguas.
Hoje é o Dia do Livro. Sabe porquê?
Hoje continuamos a nossa volta ao mundo em 33 línguas.
O hotel tem paredes mais finas do que parece e por isso não convém levantar a voz. Hoje falo de conversas inesperadas.
Estamos tão habituados a ver o Norte em cima que é difícil perceber que é uma convenção.
Há uns meses, fui convidado pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva para participar numa sessão sobre o livro Atlas Histórico da Escrita. A sessão seria por Zoom, às 18h, no dia 17 de Abril de 2024. Hoje, portanto.
Seria por Zoom, mas não vai ser.Explico.Também fui convidado para ir à Universidade do Minho, em Braga, no dia 18 de Abril, para participar no XIV Congresso Internacional da Associação Internacional de Estudos Galegos em Braga. Farei uma sessão plenária com o título “O Galego em Portugal, 2.0”. Como talvez já tenha dado para reparar, o galego é dos temas de que mais gosto de falar. Por isso, só posso agradecer à organização do congresso pelo convite!
Voltemos à biblioteca. Quando tudo ficou acertado para o congresso, juntei dois mais dois: a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva é em Braga! Ou seja, basta que eu não saia de Lisboa muito tarde para podermos deixar o Zoom de lado e conversar ao vivo. Quem estará lá comigo será o Prof. José Moreira da Silva. Conclusão: se for de Braga (ou se for a Braga), pode ser que nos vejamos hoje.Até já!
Será que os portugueses são literais? E os ingleses são snobs?
Hoje falo um pouco da língua, como rascunho de um texto que tenho de escrever, e aproveito para anunciar a publicação de um grande livro do lado de lá do oceano.
Mais uma etapa na nossa viagem à volta do mundo em 33 línguas. É a vez do suaíli.
Hoje chegamos, por fim, a Angola e falamos de uma das línguas nacionais do país: o kimbundu.
Hoje falo de pirilampos & cagalumes — e ainda do padre francês que criou o primeiro dicionário da nossa língua.
Hoje falamos da origem de OK. O livro recomendado é The Hidden History of Coined Words, de Ralph Keyes.
Hoje falamos do quíchua e do tupi. É mais um episódio da Volta ao Mundo em 33 Línguas.
Repetição do episódio 82 (acontece…). Descrição do episódio original: «Esta é a segunda parte do episódio "Cinco livros brasileiros". Há lá uma pergunta pelo meio. Se quiser, responda nos comentários. Obrigado!»
Na Ilha da Páscoa, foi encontrada uma escrita que hoje ninguém consegue ler: o rongorongo. Hoje, o episódio tem também uma versão em vídeo.
Hoje revelo os dois livros dos desafios do início da semana e faço um novo desafio (mas a resposta, dou-a já hoje).
Segunda parte do desafio desta semana (e ainda falo da palavra «trem» e do pânico).
Hoje começo um desafio aos ouvintes. A viagem à volta do mundo regressa em breve…
Hoje falamos das várias línguas da Bíblia — e ainda de tradução.
Amanhã, a Pilha de Livros está de folga.
Boa Páscoa!
Vamos da Nova Zelândia (que nos deu uma palavra, pelo menos) a uma ilha isolada do Pacífico, onde velhas histórias de motins deram origem a uma pequeníssima comunidade.
Hoje vamos às Filipinas, a Timor-Leste e à Papua-Nova Guiné, o país com mais línguas do mundo.
Um excelente comentário transforma-se num episódio. Muito obrigado a Joaquim Mota!
Hoje ficamos a conhecer um sistema de escrita simples e outro extraordinariamente complexo.
Hoje há polémica na Pilha de Livros.
(Muito obrigado à Patrícia!)
Vamos à China — para falar de duas línguas diferentes e dois sistemas de escrita ligeiramente diferentes.
Vamos da Suécia ao Cazaquistão para descobrir uma língua que vai mudar de alfabeto.
Hoje fica um pequeno episódio em homenagem a Nuno Júdice.
Hoje vamos das Ilhas Britânicas à Noruega.
Hoje passeamos pela França e pelas suas línguas (e também vamos à Bélgica e à Ho…. aos Países Baixos).
Hoje começo um novo audiolivro — uma volta ao mundo a bordo do meu tema favorito. A base desta série é um capítulo do livro História do Português desde o Big Bang.
Imagino-me levado para um óvni. Tenho de explicar à força o que é a literatura. Aqui fica a minha resposta.
Hoje deixo uma pergunta sobre eleições (não sobre as eleições) para quem quiser responder. Não me esqueço, logo no início, de referir que o 202 é um número muito queiroziano.
Será que o cabo-verdiano é a língua mais próxima do português?
Revelo os quatro autores de ontem — e ainda dois projectos meus.
Hoje, faço um desafio a quem me ouve: consegue identificar estes quatro autores?
Hoje falo de um erro no título de ontem — e ainda da ligação entre «oito» e «noite». No final, mesmo no final, há um livro.
Em todas as áreas há teorias absurdas. Na língua também.
Mais um dos livros imaginários deste canal. Espero que goste da ideia!
O dia 29 de Fevereiro aparece de 4 em 4 anos (mas com excepções). Falo disso — e ainda de um livro sobre as ideias erradas que temos sobre as línguas (eu sei, eu sei, já tinha falado do tema…).
Chego a casa aflito à procura de tema para a Pilha. Eça salvou-me!
A língua é palco de muita irritação. Porquê? Aqui fica a minha resposta…
Hoje tento explicar por que razão ando a fazer vídeos no TikTok. A história começa nos anos 40 do século XX.
Hoje não posso falar, mas pedi ajuda a uma outra voz para introduzir um episódio antigo.
Recebi o livro A Memória das Prateleiras de Fernando Penim Redondo e, logo a começar, aprendi a origem o nome do queijo A vaca que ri…
Hoje, trouxe um livro da faculdade sem dizer nada a ninguém (calma, não cometi nenhum crime).
Na quarta, dia 21, às 19h, estarei com o Sam The Kid na livraria Buchholz, em Lisboa, para gravar um episódio do podcast Assim ou Assado ao vivo. Fica o convite para assistir.
Volto a um livro de David Lodge, desta vez sobre as peças com que se constrói um romance.
Uma constipação (nada parecida com a gripe que me atacou em Dezembro, quando o Simão teve de me substituir) leva-me a pedir desculpa e a repetir um episódio. Precisamente um episódio em que estava a recuperar de uma constipação (foi o episódio 43).
Hei-de explicar porquê num episódio futuro, mas hoje não consegui gravar. Assim, deixo um episódio sobre o nome do Porto, que já tem uns cinco anos. Era para outro projecto, mas aqui fica.
Fizeram-me a pergunta, tento dar uma resposta (tento!).
Aqui ficam alguns dos marcadores que os ouvintes da Pilha de Livros já usaram alguma vez. Há surpresas! Como o episódio, hoje, é curto, deixo um outro, mais antigo, para quem quiser ouvir…
Pergunto: que estranhos objectos já usou para marcar livros?
No episódio de hoje, falo das línguas ibéricas com base num mapa, que deixo como imagem aqui.
Sim, já me ofereceram um livro vindo directamente dos EUA. Aqui fica a história.
Aquele «é que» parece redundante, já que podemos dizer apenas «porque». Será um erro? Fizeram-me a pergunta — e eu aproveito este episódio para responder.
Hoje imagino um romance num mundo paralelo onde um homem vagueia por Lisboa a imaginar mundos paralelos.
A tecnologia que usamos para escrever tem influência nos próprios textos?
É da natureza dos empréstimos serem provisórios — isto, claro, com excepção dos livros. Falo disso e ainda de jornais, blogues, Herculano, Garrett e Mexia (será que é um nome que ficará para o futuro?).
Hoje é um episódio que serve só para fazer um pedido…
As traduções fazem-se a partir de um texto de partida (foi uma frase um pouco redundante, eu sei). Mas esse texto de partida nem sempre é fácil de definir…
Hoje viro-me para dentro e tento descrever aquilo que se discute numa conferência sobre Estudos de Tradução. O programa, já agora, está aqui.
Há um livro muito famoso (e muito odiado) com um grande erro no enredo.
É uma ideia comum: se falássemos uma só língua, teríamos um mundo mais pacífico. Será mesmo assim?
Hoje falamos da espantosa capacidade humana de aprender línguas.
Falamos de Brian Mossop (se conhece o nome, provavelmente estuda tradução), José Saramago e Henry James. Há dias piores.
Hoje é dia de comentar os comentários.
Estive numa livraria/tipografia/editora/futuro museu em Leiria, a Paper View Books, e vim de lá com a primeira gramática portuguesa e boas memórias.
Antes de mais, um convite: no dia 20 de Janeiro, sábado, às 19h, vou estar na Paper View Books, na Av. Vossa Senhora de Fátima, 31, Leiria, para falar de livros e línguas. Quanto ao episódio, falo de charnecas, talheres a tilintar, guerras antigas — e traduções.
Pego em quatro livros e tento perceber o que têm uns que ver com os outros…
Há conceitos com que olhamos para o passado que são anacronismos subtis. Hoje falamos disso — a propósito de uma só página de um livro que estou a ler.
Se hoje as horas mudam em fusos bem comportados, até ao século XIX mudavam de terra para terra. Acontecia algo parecido com as línguas.
Há dicionários especiais — este é um deles. Junta palavras que sofreram acidentes verbais. O livro é The Accidental Dictionary, de Paul Anthony Jones.
Há nomes que não se podem dizer, não vá o Spotify zangar-se. Mas, sim, hoje falo de uma rede social onde se aprende muito, não sem antes falar um pouco das diferenças de mercado entre Portugal e outros países no que toca aos livros.
Recebi um livro que me apetece muito começar a ler — mas tenho de esperar que o anterior me saia da frente.
Falo da relação entre a roupa e a língua portuguesa — e ainda da língua actual mais próxima do latim.
Se puséssemos a língua num tubo de ensaio e a analisássemos, o que encontraríamos?
Falar de livros é bom, mas é perigoso: ainda acabamos por ter amigos a comprar os livros que recomendamos. Falo disso e muito mais neste episódio. Boa semana!
Hoje corrijo um erro do episódio de ontem (às vezes acontece) e dou notícia de dois projectos meus:
Uma edição especial do livro Pontuação em Português (Guerra e Paz), com um curso incluído: https://www.guerraepaz.pt/produto/curso-pontuacao-em-portugues-de-marco-neves/
Uma série de vídeos sobre a língua portuguesa que criei para a Raiz Editora.
Bom fim-de-semana!
Começamos nos aviões, continuamos pelo mundo das estatísticas (com dois livros) e acabamos a falar de cigarros (e novamente de aviões).
Ah, a deliciosa imperfeição das coisas humanas. Falamos de anos bissextos, de anos que não deviam ter sido, mas foram, dos Jogos Olímpicos e ainda de um ano especial inventado há pouco tempo: o ano 0000.
Falamos de calendários e de um possível audiolivro para começar o ano.
Bom 2024!
Hoje tento fazer contas para chegar a uma conclusão óbvia. No fim (claro), desejo um excelente fim de ano para todos. Até breve!
Hoje, passo a palavra aos ouvintes da Pilha de Livros e leio três comentários que recebi. Serve o episódio para agradecer, mais uma vez. Afinal, estamos mesmo a chegar ao final do ano…
Falamos dos aniversários dos EUA e ainda do episódio n.º 150. Já agora, aqui fica a sugestão: e que tal andar 100 episódios para trás e ouvir o 50.º? Aqui fica: «Elogio da imperfeição (do Big Bang às orquestras)»…
Depois do Natal, um curto episódio em que prometo falar de dois livros.
Nunca tanta gente ouviu a música de há uns séculos. Apeteceu-me dizer isto hoje, não sei bem porquê. E, agora, claro: Feliz Natal!
Volto a falar da dificuldade que será ouvir o que gravamos hoje daqui a umas centenas de anos — e dou um salto aos confins do Sistema Solar, para dizer «Olá!» a uma pequena nave, que está a chegar ao fim da sua missão. Quer dizer, não é bem o fim: há-de carregar para sempre um disco de ouro com gravações de vozes humanas.
Andamos a gravar a nossa voz por tudo e por nada. Será que daqui a 100 anos alguém conseguir ouvir-nos (se quiser)?
Num curto episódio (a garganta não dá para mais), falo dos livros que oferecemos e que recebemos.
Falamos da origem da Árvore de Natal (há um rei português na história) — e aproveito para desejar Feliz Natal! (É o terceiro episódio introduzido pelo meu filho Simão.)
Ainda a recuperar, deixo um episódio antigo que tem livros e línguas. Bom fim-de-semana!
Este episódio foi gravado em 2021. O Simão explica o que se passa…
Fiquei com a voz em farrapos ao anoitecer do dia de ontem, não consigo mesmo gravar o episódio de hoje. Espero recuperar durante o dia de hoje! Deixo, em alternativa, o último episódio d’A Vida Secreta das Línguas (alguns ouvintes já terão ouvido; peço desculpa pela repetição).
Encontrei pelas redes um espanhol muito admirado por haver portugueses que não sabem que o galego está nas placas da estrada. Neste episódio, tento explicar a razão dessa dificuldade portuguesa (que, aliás, não é tão grande como a pintam).
Como prometido no episódio, deixo aqui as informações sobre a sessão em que irei falar de outra língua: «A portuguesa que odiava o catalão: conversa com Marco Neves» — quarta-feira, 13 de Dezembro, 18h, sala C212 — Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É verdade que já falei várias vezes d’Os Maias e de Changing Places por aqui — mas nunca num episódio que começa a falar de um filme natalício.
Ora, hoje, imagino um livro de viagens que percorra os cinco países minúsculos da Europa. Há muito que ver (e ouvir) por lá. Bom feriado e bom fim-de-semana!
Uma frase que disse há poucos dias, aqui na Pilha de Livros, acordou umas quantas memórias lá para os lados dos Emirados Árabes Unidos e, de repente, estou a pensar como os alemães descem de sul para norte e a NASA tem de ter cuidado com a direcção das fotografias. Também falamos de literatura.
Um português recebe dum galego um livro traduzido para catalão. Terá sido a primeira vez na história que tal aconteceu? Falo também das notas que explicam um livro português aos leitores catalães. O título é La il·lustre casa dels Ramires.
Hoje estive quase para não gravar o episódio — mas houve um galego que me convenceu a gravar estes poucos minutos. Muito obrigado!
Conto, em poucos minutos, a história dessa língua tão famosa: o inglês. Vamos das invasões anglo-saxónicas aos dias de hoje, passando pelos viquingues, pelos normandos, por Chaucer e por Shakespeare. É um brevíssimo relato de uma longa história. No final, recomendo um pequeno livro sobre o tema.
Às vezes, as viagens mais interessantes acontecem-nos mesmo à porta de casa. Pois imagine que fui dar um passeio à beira-Tejo e, sem sair de Lisboa, vi-me transportado para debates furiosos na Nova Iorque dos Anos 90. Tudo por causa duma rainha portuguesa. No final, conto a grande confusão que o meu filho Matias fez por causa do 1.º de Dezembro.
Como prometido no episódio, aqui estão os locais onde o Sam the Kid e eu estaremos, na segunda-feira, em Santiago de Compostela:
* 4 de dezembro às 9h15 na sala de atos (EOI de Santiago de Compostela)
* 4 de dezembro às 12h00 na sala de atos (Xelmirez II)
* 4 de dezembro às 17h30 na sala 14 (EOI de Santiago de Compostela)
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Não se esqueça de partilhar a Pilha de Livros para que chegue a mais pessoas. Muito obrigado!
Há uma velha história sobre um povo que teria cinquenta palavras diferentes para designar a neve. Não é bem assim (dizem muitos linguistas), mas a ideia ficou e inspirou Nancy Campbell a criar um belo livro, não para enumerar todas as palavras para neve numa língua, mas para dar a volta ao mundo em diferentes idiomas. Ficámos, assim, com um belíssimo livro em tons de azul.
Há aspectos que nos parecem secundários e que determinam o real prazer com que pegamos num livro. Neste episódio — em que voltamos ao formato exclusivamente áudio — olho para alguns desses pormenores.
Ontem nasceu o meu sobrinho mais novo, o Sebastião. O episódio vai dedicado a ele — pode ser que um dia ele o oiça. Vai ficar a saber a origem de «bica» e vai ainda ouvir falar de um livro que ontem desejei e, afinal, existe!
Volto aos livros inventados — desta vez, imagino um livro sobre um dos dois aeroportos de Lisboa.
Tantas e tantas vezes ouvimos: para escrever bem é preciso cortar palavras! Será mesmo sempre assim? Para responder à pergunta, ponho dois livros em guerra. E, já agora: bom fim-de-semana!
Há um autor português que escreveu um livro sobre a Holanda que os holandeses adoraram — apesar de não ser um livro propriamente simpático para o país. Neste episódio, falo ainda de traduções que aparecem primeiro que o original — e de traduções a fingir.
Um dia, entretido a folhear o meu livro de Português do 8.º ano, descobri um conto que mudou a minha vida. Depois, ainda apareceu por ali um deus a passear pela brisa da tarde e umas ideias trocadas por Lisboa e arredores. Aqui fica a minha homenagem a um grande escritor: Mário de Carvalho.
(Por motivos logísticos, não teremos o lançamento previsto para esta sexta-feira da 2.ª edição do Atlas Histórico da Escrita. Quando houver nova data, darei mais informações.)
Há lugares nas cidades que todos conhecemos e que tantos fotografam — muitas vezes, estão longe de ser os lugares mais importantes para cada um de nós. Algo muito parecido acontece com os livros. Falo disso mesmo neste episódio — e, no fim, revelo um livro pouco conhecido, mas que é muito especial (mas só para mim).
(Aproveito para revelar uma campanha de Natal de dois livros meus. Espero que goste e que possa aproveitar.)
Versão em vídeo
Às vezes, onde menos esperamos, surge a história da nossa língua ao vivo e a cores. Numa apresentação de um livro de aventuras sobre Peniche, encontrei um vislumbre do mecanismo que trouxe o português — ou melhor, a língua que viria a chamar-se português séculos depois — até ao sul da península. É uma história que envolve ingleses, baleias e muitos galegos (e ainda a expressão «amigos de Peniche»). Este episódio faz parte, em simultâneo, d’A Vida Secreta das Línguas e da Pilha de Livros (www.pilhadelivros.pt).
A Zélia sofreu um acidente com um livro (o episódio de hoje inclui uma cena arrepiante) — e eu ponho-me a falar de terraplanismo linguístico. A meio do episódio, o meu filho Simão tenta imitar (sem querer) a mãe.
Episódio dedicado à Zélia, que tem de aturar estes meus vícios radiofónicos e ainda leva com gramáticas na cabeça (do dedo).
O episódio de hoje arrepia (estais avisados) — conto o que aconteceu à Zélia por causa de uma gramática de Marcos Bagno, que lhe fez uma patifaria (a gramática, não o Marcos). Foi parar ao hospital (a Zélia, não a gramática) — e imagino a cara de espanto do médico ao ouvir dizer que a culpa foi do livro. Ainda dizem que as questões de língua não aleijam ninguém... No episódio, falo de outro problema grave (e doloroso): o terraplanismo linguístico. Descrevo o que me aconteceu num daqueles lençóis de comentários em que, por vezes, caímos. Uma pessoa tentou convencer-me (com insultos pelo meio) de que o imperativo de “admitir” é, na segunda pessoa, “admitas”. Ou seja, se eu quiser pedir a alguém para admitir, não devo dizer “admite” (“admite tu!”), mas “admitas” (o que até estaria bem se estivéssemos a falar da negativa: “não admitas!” — a língua é tramada e nem é preciso ser atacado por uma gramática para o perceber). Tentei dizer que não, que usar “admitas!” não está bem, mas não houve nada a fazer. Ainda tive de ouvir que hoje em dia vale tudo (até usar bem o imperativo!), que não podemos usar a terceira pessoa do singular como forma de tratamento, que há uma conspiração contra a língua desde os tempos do galego-português, que os espanhóis também não sabem escrever nada de jeito e que a culpa não é deles (coitados), mas da espécie tão estúpida que somos. A opinião, no fundo, era esta: convém corrigir a língua, porque quem a fez é estúpido. Tudo opiniões legítimas — excepto a do imperativo, porque não vale tudo. O que fazer perante isto? Não sei. Talvez criar um episódio da Pilha de Livros sobre o terraplanismo linguístico.
*
Por fim, uma nota: há quem goste de ouvir podcasts, há quem não goste — como em tudo nesta vida. Ora, como já tive pessoas a dizer que gostam muito de ouvir a Pilha de Livros e outras a declarar, honestamente, que não aguentam ouvir tanto tempo a minha voz (incluo-me claramente no segundo grupo), pensei: porque não aproveitar e escrever também textos um pouco maiores sobre alguns dos episódios que vou criando? Se alguém depois ouvir o episódio, perfeito. Caso contrário, amigos como dantes (mas com mais um texto para ler). E, assim, posso continuar alegremente a matar o vício da rádio todos os dias e a pagar tributo aos deuses da escrita, a quem devo obediência.
Obrigado por estarem desse lado (a ouvir ou a ler)!
Marco
Encontro, na nova pilha de livros que tenho cá em casa, um livro de calão dos anos 50 do século XX. É uma delícia, tem algumas surpresas — e um prefácio de Aquilino Ribeiro!
Neste episódio, falo de um dos meus livros — e ainda acabo a fazer um convite. É ainda o episódio em que passamos a ter a Pilha de Livros em vídeo — mas, claro, continua também nos sítios do costume…
Arcos-da-velha e outras maravilhas. — Pedaços de tempo roubados aos dias. — Festas de anos e afins.
Onde se fala de como não há duas bibliotecas iguais. — Tudo o que guardamos nos livros. — Há também baralhos de cartas.
Chego ao fim do dia cansado, mas ainda com vontade de fazer mais um episódio. Falo de viagens, livros e inteligência artificial. Uma grande mistura, claro, mas é isso que também nos faz humanos.
Recebo um livro de surpresa e ponho-me a pensar nas traduções dos títulos. No final do episódio, já agora, faço um convite.
No início do episódio, refiro um artigo sobre algo que aconteceu neste dia, há muitos anos. Aqui fica o artigo: «O dia em que mataram a minha avó».
Houve um erro no episódio de ontem, que revelo no final do episódio de hoje. Antes disso, falamos dos Beatles e do Tempo (assim, em maiúscula). Coisas simples, portanto.
Hoje, tinha pensado falar de um livro de Chuck Klosterman e andei às voltas até lá chegar. Mas cheguei!
Falo de um livro que apresentei este fim-de-semana — em cinco palavras.
Depois de místicos sufis, comerciantes de Moca, soldados de Viena e académicos em Oxford — terminamos a viagem de volta a Lisboa, sem esquecer de ir dar um salto a Paris.
Há palavras portuguesas no Índico, há uma rainha portuguesa em Londres — e, claro, há muito café neste novo capítulo da Breve História do Café.
Vamos de Veneza a Viena à bordo de uma chávena de café (e ainda falamos da invenção do croissant).
Nesta história, há cabras a dançar, místicos a rodopiar e uma bebida que mudou o mundo.
Hoje começamos uma viagem pela história do café na Europa. Vamos de Lisboa a Istambul, só como aperitivo para os episódios que vêm aí. Este é o segundo audiolivro criado de propósito para a Pilha de Livros.
Talvez nunca tenha dito a ninguém o que hoje conto no episódio.
Os atlas são dos mais deliciosos livros que andam por essas estantes fora. Hoje decidi inventar três atlas diferentes, que não existem (ou, pelo menos, eu não conheço).
E se descobríssemos uma nova obra de Homero? O que aconteceria ao nosso passado?
E se o rei Garcia tivesse mesmo sido o primeiro rei de Portugal? E se D. Sebastião não tivesse morrido em Alcácer Quibir? E se Portugal não fosse independente? E se tudo fosse diferente?
Pus-me a imaginar um livro que não existe, contado por uma pessoa impossível, sobre Lisboa, uma cidade que já foi o fim do mundo e o centro do mundo — e agora é outra coisa qualquer.
Já agora, se quiser ouvir um episódio mais antigo durante o fim-de-semana, proponho o seguinte:
Uma noite em que me pus a adormecer o meu filho mais velho com um livro na mão levou-me a pensar nas palavras intraduzíveis e ainda na origem de «aconchego». É complicado!
Hoje gravo sem guião, para fazer um convite e ainda falar de um livro que olha para a nossa língua a partir do catalão.
Dou três notícias, revelo os resultados do inquérito sobre as preferências dos ouvintes — e digo quantas pessoas ouvem este canal todos os dias. Tudo para comemorar o episódio 100 da Pilha. Obrigado!
Hoje recuamos 4000 anos, para descobrir a primeira escritora da história. Proponho ainda a leitura de um livro gigantesco.
Se quiser participar na criação das listas que irei revelar no episódio 100, responda nesta página. Muito obrigado!
Há quem considere que ouvir um audiolivro não conta como leitura. Será mesmo assim?
Entretanto, se quiser participar na criação das listas que irei revelar no episódio 100, responda nesta página. Muito obrigado!
Faço duas perguntas, em preparação do 100.º episódio: que livros todos deveríamos ler? E de que livros deveríamos fugir? Se quiser participar na criação das duas listas, responda nesta página. Muito obrigado!
Conto como foi criar um livro sem a ajuda de ninguém. Minto: tive a ajuda de muitas pessoas, só que não as conheço (e ainda da Zélia). Como prometido no episódio, a página onde o livro (ainda) pode ser comprado é esta.
O Word pediu-me para substituir «hoje em dia» por uma só palavra — só que a substituição não faz muito sentido. Lá pelo meio, sugiro dois livros.
Jon Fosse escreve no padrão minoritário do norueguês — e esta situação é mais interessante do que parece e diz-nos muito sobre, por exemplo, a tradução. O artigo referido no episódio é este: «Porque tem a Noruega dois nomes em norueguês?».
Conto um dos episódios do livro que apresentei ontem: Contos Arrepiantes da História de Portugal, Vol. 5.
Falo de bandeiras, tentando provar como pode ser um tema interessante. No fim, faço uma confissão (mas não contem a ninguém).
Amanhã, dia 4, vou apresentar um livro (não é meu!) num lugar pouco habitual. Revelo tudo neste episódio. O livro é de terror — e é para crianças!
Revelo duas conversas com ouvintes deste canal — e lanço um novo livro, sobre línguas e viagens (claro). O livro A Portuguesa que Odiava o Catalão pode ser encomendado nesta página. Espero que goste! Também pode comprar a versão electrónica (EUA ou Espanha). Obrigado!
Para terminar este audiolivro, conversamos sobre a ignorância presente e os perigos futuros. Lá pelo meio, passamos pelo Uzbequistão.
Se sabemos pouco sobre o Universo, ainda sabemos menos sobre o passado. No capítulo de hoje, começamos numa cozinha em Pompeia e acabamos perto do Castelo de São Jorge.
A história das ideias erradas é, ela própria, muito interessante. A ideia de homúnculo, por exemplo, é magnífica. Falamos também de galáxias e de átomos — e, claro, dos testículos de Adão.
A palavra «planeta» mudou de sentido e essa mudança permite-nos compreender como evoluiu a imagem do Universo ao longo do tempo. Também falamos, claro está, do número de planetas, que foi sempre um problema. Hoje são oito, mas já foram mais — e temos ainda os companheiros de Plutão, como Makemake (já ouviu falar?).
Aqui fica a introdução de um livro falado que me apeteceu criar só para os ouvintes da Pilha de Livros. Neste capítulo, olho para as duas ignorâncias humanas e peço a quem me ouve que viaje no tempo.
Para terminar esta semana em que estive numa das maiores cidades do mundo, pergunto a quem me ouve: qual é o livro da sua cidade? (O título identifica Lisboa, mas isso é só porque estou aqui...) A meio do episódio, faço escolhas: digo qual é o livro de Barcelona; o livro de Londres; o livro de Dublin… Nem todos concordarão, claro está — que os seres humanos raramente concordam uns com os outros (e é por isso que as cidades nos deixam com o coração a bater mais depressa).
Esta é a segunda parte do episódio "Cinco livros brasileiros". Há lá uma pergunta pelo meio. Se quiser, responda nos comentários em https://www.pilhadelivros.pt...
Depois de um encontro com um ouvinte da Pilha de Livros, fiquei com cinco livros brasileiros para levar para casa. Nesta primeira parte, falo do primeiro e último romances de Clarice.
Os livros referidos neste episódio são: Perto do coração selvagem e A hora da estrela, ambos de Clarice Lispector.
Um obrigado especial a Glauco Belliboni.
Depois de um dia muito cheio e muito cansativo, peço uma folga a quem me ouve. Assim, repito um episódio que gravei há meses para outro canal. No fim, como não podia deixar de ser, sugiro um livro.
Em São Paulo, apetece-me falar das duas línguas portuguesas do Brasil. Também falo de estrelas no oceano, de palavras no aeroporto e de livros portugueses nas livrarias brasileiras. Termino com a sugestão de um livro.
O livro de um escritor espanhol lembrou-me o final d'Os Maias e aquela correria toda do Carlos e do Ega. Explico porquê neste episódio, que vai bastante longe antes de chegar a Lisboa.
Vou de viagem e decidi pedir sugestões aos ouvintes (mais uma vez...). Como prometido no episódio, aqui fica a ligação para a conferência onde vou estar: Fórum Lusófono da Governação da Internet. A transmissão ao vivo será feita nesta página. Irei falar sobre a língua portuguesa e os desafios da inteligência artificial. Quanto ao artigo prometido… Cá está ele: «Os sacrifícios humanos e a substância das estrelas».
Os sistemas logográficos são mais difíceis de aprender — mas serão mais fáceis de ler?
Uma referência n'O Crime do Padre Amaro leva-nos a visitar os castelos das nossas cidades, muitos deles reconstruções recentes, e a viajar ao passado a bordo de palavras complicadas, como «Espanha»...
Há livros sobre tudo — até livros sobre livros. Falo de um dos mais divertidos membros desse clube no episódio de hoje. Lá pelo meio, peço ajuda a quem me ouve para responder a duas perguntas.
Então? Gosta mais de ler em papel? Já leu livros electrónicos? Já tomou partido nesta guerra? Aqui fica a minha (possível) resposta.
A história do mundo pode ser contada de muitas maneiras — até pelas bebidas que a Humanidade foi inventando para si. Hoje, partimos da cerveja da velha Mesopotâmia para chegar aos jantares de amigos nas cidades do século XXI. A história é inesquecível e é contada por Tom Standage na História do Mundo em 6 Copos.
Hoje comento dois comentários que recebi. Falamos da possibilidade de traduzir Camões para português e ainda das traduções entre normas da mesma língua. Lá pelo meio, sugiro a leitura d'Os Tuguíadas: https://desinfeliz.blogspot.com/2006/02/os-tuguadas.html
Hoje falamos de tradução, mas de tradução dentro da mesma língua. Começamos pelo Quixote, mas vamos por aí fora, até chegar a Portugal. No fim, há uma pergunta para os ouvintes da Pilha de Livros...
Setembro tem os seus livros e é sobre eles que hoje falo. No final, revelo uma lista muito pessoal.
Uma visita à livraria Pynchon & Co. (numa cidade com dois nomes) tem como resultado dois novos livros nas minhas estantes. Falamos do velho Reino de Valência, de engarrafamentos épicos nas estradas de França e ainda de castigos por falar certas línguas. Ah, no meio do episódio, também há uma mesa que começa por T. Bom Setembro!
Hoje falo de comboios, livros galegos, traduções e conversas saborosas — tudo por causa duma viagem a Inglaterra e do que por lá ouvimos. O livro referido é Papaventos, de Xavier Queipo. A crónica em que me baseei para o episódio é esta: https://certaspalavras.pt/linguas-portugueses-inglaterra/
Estamos a viver a terceira revolução da escrita. Este é um episódio que já publiquei, há uns meses, noutro canal, mas que recupero hoje por ter muito que ver com esta Pilha...
Se quisermos, podemos respirar fundo, arranjar coragem e avançar para a leitura de livros em línguas que nunca aprendemos formalmente. É difícil? Talvez. Mas não deixa de ser divertido... São as vantagens de ter à nossa volta línguas que estão próximas do português. (Aviso: neste episódio aprende-se uma ou outra palavra de catalão.)
Por causa de um livro encontrado à porta do supermercado — e também porque estas línguas andam nas notícias — lembrei-me de tentar explicar por que razão há escritores que, tendo duas línguas, preferem escrever na que é falada por menos pessoas. Por fim, revelo um livro onde encontrei duas das páginas que mais me impressionaram: Plaça del Diamant, de Mercè Rodoreda.
Aviso já: só cumpro aquilo que o título promete mesmo no final do episódio — e, na verdade, não sou eu que dou as sugestões para mudar de casa com muitos livros; é José Alfredo Neto, num comentário que deixou na página deste canal (https://marconevespodcast.substack.com/p/61-livros-tudo-o-que-pode-correr). Bons livros e bom fim-de-semana!
Depois de uma noite agitada aqui onde estou, decidi falar de tudo o que pode correr mal com os livros. Acabei por me limitar a sete problemas, que isto um episódio não dá para tudo...
Perdido numa terra de Espanha de cujo nome quero lembrar-me (mas não vou revelar para já), pus-me à procura dos livros que recomendei há quatro anos, quando aqui estive (nesta terra em particular) pela última vez. Eram livros bastante diferentes uns dos outros, mas todos bons para ler na praia — e a razão é simples: são bons para ler na praia porque são bons livros.
Ando a viajar pelo reino vizinho e, por isso, lembrei-me de falar não de um livro, mas do que lemos quando olhamos para as placas espalhadas pelas estradas de Espanha. Vamos à Galiza, à Catalunha, às Astúrias — e não só.
Haverá livros nos próximos dias — prometo! (Até porque levo livros na bagagem...)
A Pilha de Livros pode ter só dois meses, mas já tem tradições. Hoje volto a fazer a enumeração dos livros da semana, como nos primórdios da pilha, e termino com a Guerra de Livros II (pode votar no Spotify, na página deste episódio). Por fim, refiro um livro gratuito: Tar for Mortar, de Jonathan Basile, o criador da página Library of Babel.
Os oito livros da semana são:
Há um erro tremendo num dos livros mais vendidos das últimas décadas. Esse erro leva-me a um livro de um autor português, que vendeu muito menos, mas é bem mais interessante. Que ninguém se assuste por saber que é um livro sobre matemática!
Antes de responder à pergunta do título, ainda dou uma volta pelos temas do episódio de ontem. O episódio serve ainda para agradecer a todos os ouvintes que me têm acompanhado todos os dias. Obrigado!
Será que a língua condiciona o pensamento? E as frases? Podem ser infinitas? E as palavras? Hoje levo a conversa para as questões da língua — mas a culpa não é minha. (Os dois livros que refiro a certa altura são: Through the Language Glass, de Guy Deutscher, e The Language Hoax, de John McWhorter.)
Jorge Luis Borges tinha uma imaginação tremenda — mas quem diria que o seu conto mais famoso (digo eu) poderia ser recriado, mesmo a sério, usando a matemática e as maravilhas da Internet? No fim, termino com um livro sobre (quase) tudo e revelo quem venceu a Grande Guerra Eça-Camilo.
Os três livros são:
- Ficciones, de Jorge Luis Borges (em particular, «A Biblioteca de Babel»)
- Library of Babel, https://libraryofbabel.info/, de Jonathan Basile (não é bem um livro, mas tem lá muitos livros dentro)
- O Guia Completo sobre Absolutamente Tudo* (*Versão reduzida), de Adam Rutherford e Hannah Fry
Pergunto a quem me ouve: qual dos dois livros que descrevo neste episódio levaria para uma ilha deserta?
Há episódios que saem um pouco mais curtos. Este é um deles, mas não faz mal (digo eu). O importante é ir todos os dias escolher um livro à pilha e falar um pouco dele. É o que faço hoje: olho para a pilha e encontro o livro que ponho sempre na mala quando vou de férias.
Sim, hoje o tema é mesmo esse: as vírgulas de Saramago. Ao contrário do que algumas pessoas dizem, o escritor usava vírgulas — e mais do que o habitual! Antes de desabafar sobre essa minha irritação, faço um convite: hoje, dia 9 de Agosto, às 18h, vou estar com Sam The Kid na Feira do Livro de Peniche a falar sobre a língua. Fica o convite para se juntar a nós!
(Aviso: este episódio contém sirenes.) Com uma enchente de gente na minha rua, passo parte do episódio a falar da palavra «peregrino». Será que está a ser bem usada? Tudo vai dar a um grande livro — Contos de Cantuária, de Geoffrey Chaucer, com tradução de Daniel Jonas — e à minha tentativa de dizer três versos em Middle English (não sei se correu bem). Ah, quando olho pela janela vejo bandeiras — e algumas surpreendem-me.
Os dias nem sempre correm como planeado e hoje acabei a gravar o episódio numa estação de serviço. Não posso falar do Eça (como tinha planeado), mas falo das razões para ter uma dieta variada de livros. Espero que goste — e bom fim-de-semana!
Falo de revisão — não daquela que fazemos aos textos dos outros, mas sim da luta com o nosso próprio texto que começa quando terminamos a primeira versão de um livro. (Mais uma vez, escolho cinco palavras para me orientarem durante o episódio.)
Hoje vou buscar à pilha um dos grandes livros do século XX. Escolho cinco palavras para descrever este tremendo romance, um dos primeiros livros que li na vida.
Há dias que correm francamente melhor que outros. Hoje estou muito mais bem-disposto, como conto no episódio — e, assim, deu-me para falar de um livro cómico. O autor já andou por estas paragens: David Lodge. O livro em si, coitado, sofreu algumas contrariedades...
*
A página deste podcast é https://pilhadelivros.substack.com.
Quais são as diferenças entre o mercado editorial em Portugal e no mundo anglo-saxónico? Tento responder à pergunta (mas não é fácil). Depois, revelo qual foi o primeiro livro que li. Não termino o episódio sem revelar quantas pessoas costumam ouvir este canal todos os dias (espero que venham a ser muitas mais!).
Já agora, a página referida durante o episódio é https://pilhadelivros.substack.com/.
Os objectos também têm histórias e às vezes não são nada simples. Hoje, falo não só do telefone (e assumo que não gosto assim tanto de telefonar), mas também da sua invenção e ainda da sua transformação num objecto pessoal. No fim, dou toda a atenção à palavra «retrónimo». Lá pelo meio, faço uma sugestão de um livro e, no final, uma pergunta a quem me ouve.
Hoje, falo das etapas mais físicas (digamos assim) da produção do livro. No final, faço uma promessa (que quero cumprir): hei-de revelar quantas pessoas têm ouvido este canal todos os dias!
Hoje falamos de mais etapas para criar um livro, incluindo a revisão. Amanhã continuamos (e tentarei responder às perguntas que recebi).
Decido enfrentar uma pergunta difícil: como se faz um livro? — Neste episódio, falamos das três primeiras etapas (no total, são dez).
Ando às voltas com títulos e traduções agalegadas. — Folheio Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett. — Pronuncio mal um nome alemão (peço desculpa!). — Por fim, falo de Deus, ou melhor, de um livro narrado por Deus: Palavra do Senhor, de Ana Bárbara Pedrosa.
Tenho dúvidas, muitas dúvidas. — Voltamos à Rua Viriato, em Lisboa. — Cavalos em barda nas ruas das cidades. — Os automóveis são filhos das bicicletas. — Por fim, conto como foi conduzir em Inglaterra, ou melhor, como foi voltar a Lisboa depois de conduzir em Inglaterra.
Sobre as vantagens de gravar episódios em cima da hora. — Passeios pela cidade e subtis anacronismos. — Uma rua ao contrário no meio de Lisboa. — Um livro que deveria ser traduzido: A Brief History of Motion, de Tom Standage.
Herdei um mapa do meu avô. — Tentei perceber como era ir de Lisboa ao Algarve há 100 anos. — Falamos das mudanças para a direita nos anos 20 do século XX. — Como era viver e conduzir no passado? — O mapa referido no episódio está aqui: https://purl.pt/23677
Revelo o café lisboeta onde ontem andei com um microfone por cima da cabeça. — Vamos à procura de átomos e vírus n'Os Maias (e ainda de galáxias por esse Universo fora). — Imagino Eça de Queiroz dentro dum carro (porque sim).
*
Aproveito para deixar aqui um extracto d'Os Maias um pouco maior do que aquele que leio durante o episódio (a ortografia é a da primeira edição):
«O Livro do Ega! Fôra em Coimbra, nos dois ultimos annos, que elle começára a fallar do seu livro, contando o plano, soltando titulos de capitulos, citando pelos cafés phrases de grande sonoridade. E entre os amigos do Ega discutia-se já o livro do Ega como devendo iniciar, pela fórma e pela idéa, uma evolução litteraria. Em Lisboa (onde elle vinha passar as ferias e dava ceias no Silva) o livro fôra annunciado como um acontecimento. Bachareis, contemporaneos ou seus condiscipulos, tinham levado de Coimbra, espalhado pelas provincias e pelas ilhas a fama do livro do Ega. Já de qualquer modo essa noticia chegára ao Brazil... E sentindo esta anciosa espectativa em torno do seu livro — o Ega decidira-se emfim a escrevel-o.
Devia ser uma epopêa em prosa, como elle dizia, dando, sob episodios symbolicos, a historia das grandes phases do Universo e da Humanidade. Intitulava-se Memorias d’um Atomo, e tinha a fórma d’uma autobiographia. Este atomo (o atomo do Ega, como se lhe chamava a serio em Coimbra) apparecia no primeiro capitulo, rolando ainda no vago das Nebuloses primitivas: depois vinha embrulhado, faisca candente, na massa de fogo que devia ser mais tarde a Terra: emfim, fazia parte da primeira folha de planta que surgiu da crosta ainda molle do globo. Desde então, viajando nas incessantes transformações da substancia, o atomo do Ega entrava na rude structura do Orango, pae da humanidade — e mais tarde vivia nos labios de Platão. Negrejava no burel dos santos, refulgia na espada dos heroes, palpitava no coração dos poetas. Gota de agua nos lagos de Galiléa, ouvira o fallar de Jesus, aos fins da tarde, quando os apostolos recolhiam as redes; nó de madeira na tribuna da Convenção, sentira o frio da mão de Robespierre. Errara nos vastos anneis de Saturno; e as madrugadas da terra tinham-n’o orvalhado, petala resplandecente de um dormente e languido lyrio. Fôra omnipresente, era omnisciente. Achando-se finalmente no bico da penna do Ega, e cançado d’esta jornada atravez do Ser, repousava — escrevendo as suas Memorias... Tal era este formidavel trabalho — de que os admiradores do Ega, em Coimbra, diziam, pensativos e como esmagados de respeito:
— É uma Biblia!»
Os escritores mortos provocam guerras nas redes sociais, mas a culpa não é deles. — Aproveito a morte de um escritor para falar deste facto da vida: os amigos podem andar às turras por causa de livros. — Por fim, falo (muito rapidamente) de tradução. — O livro deste dia é, quase inevitavelmente, A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera.
Hoje falo da papelaria dos meus avós maternos e dos livros que lá encontrei dentro de um pacote improvável.
Às vezes também é preciso arriscar: e haverá maior risco do que tentar perceber como funciona a literatura? Deu-me para olhar para um livro de Camilo e tentar extrair de lá uma Teoria Geral. Como todas as teorias gerais (até ver), esta falha redondamente, mas sempre deu para ficar com dez minutos de um episódio sobre este magnífico livro: A Queda dum Anjo.
A edição original está em https://purl.pt/139/4/res-6137-p_PDF/res-6137-p_PDF_24-C-R0150/res-6137-p_0000_1-280_t24-C-R0150.pdf
Em vez de um livro, hoje trago um artigo científico, mas que nos leva a falar de livros — e livros que serão lidos no século XXIII! No final, faço uma pergunta aos ouvintes. A ligação para o artigo é esta: https://www.nature.com/articles/s41586-023-06137-x
Num domingo de manhã, com toda a gente a dormir, apetece-me olhar para três pormenores deliciosos em três livros de autores portugueses.
Os sete livros da semana foram:
- Assim Nasceu Uma Língua, Fernando Venâncio
- Atlas of Improbable Places, Travis Elborough & Alan Horsfield
- Um outro atlas
- Epítome de pecados e tentações, Mário de Carvalho
- Varying Degrees of Success, David Lodge
- Author, Author, David Lodge
- Galegocalantes e Galegofalantes, Carlos Callón
O livro Galiza e(m) nós está disponível aqui:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/76402/1/Galiza%20e%28m%29%20n%c3%b3s_DIGITAL_FINAL.pdf
Tive a excelente oportunidade de percorrer uma livraria vazia — e logo uma livraria com vários andares —, mas acabei por ficar nervoso. Conto tudo neste episódio. No fim, acabei por escolher (à pressa) um bom livro.
Um livro lido entre o Minho e a Galiza transporta-me até Cabo Verde e, depois, Londres. Neste episódio, revelo ainda em que países se ouve este podcast (não são poucos).
Há o Atlas dos Lugares Improváveis (o primeiro livro deste episódio), mas há também um atlas num lugar improvável. No fim, conto uma conversa com um magistrado galego (espero não revelar nenhum segredo).
Por causa de um livro sobre a nossa língua vi-me numa cerimónia numa aldeia galega onde três homens abriram uma velha arca. Conto tudo neste episódio — e ainda revelo umas quantas conversas que por lá tive.
Como andei por terras minhotas e galegas, tive de criar este episódio com o telemóvel. Espero que o som não esteja demasiado mau. Aproveito para contar um pouco do que se passou nestes dias — e prometer muitas histórias para o resto da semana. Sempre à volta dos livros, claro. Entretanto, uma pergunta: já ouviu falar do Castelo da Piconha?
Este é um episódio difícil de resumir. Digamos que, na praia, encontramos bons livros — e encontramos também quem tenha grandes conversas com mortos por causa do livro que tem na mão. Depois, há também o TikTok: há jovens a falar de livros por lá — e, garanto, alguns são óptimos livros! Se a literatura nos ensina alguma coisa é mesmo a desconfiar das generalizações (são úteis, mas muito enganadoras).
Por estas paragens, esta é a semana do policial (já se percebeu). Hoje falo de um livro, ou melhor, de duas letras no título do livro. São duas letras que, só por si, nos transportam para frascos arrumados em armários de madeira num laboratório do século XIX. Mais não digo. Ou melhor, digo só isto: o livro não se passa no século XIX, é português e tem um detective famoso (à nossa escala, entenda-se; nada de sherlocks num país como o nosso).
Todos conhecemos aqueles livros a que alguns chamam, à inglesa, «guilty pleasures» — expressão que se traduz como «prazeres que não queremos anunciar ao mundo» ou, talvez de forma mais acertada, «prazeres que até queremos anunciar ao mundo, mas de tal maneira que todos saibam que nós sabemos que há outros prazeres mais refinados». Bem, o livro de que falo hoje não é bem isso. É outra coisa melhor. É um exemplo de um género de que gosto muito: o policial de humor. Sim, um policial que nos deixa a rir por entre mortos e detectives, que encontrei no Verão passado, numa daquelas papelarias de Verão com livros misturados com jornais internacionais e bóias em forma de pato. Não conto mais: oiça o episódio que está lá tudo. Ah, falta avisar: o livro tem o autor lá dentro.
Este é aquele texto que tenho de escrever para convencer os leitores a perder uns quantos minutos na pele de ouvintes. Até agora, usei texto para lá de reduzido, mas dizem-me as boas línguas que talvez tenha de revelar um pouco mais do episódio. Pois, aqui vai: este episódio tem dois desafios. Para começar, proponho que leia um livro naquilo que é, oficialmente, uma língua estrangeira (será?). Depois, faço um convite: ser por acaso estiver em Santiago de Compostela no dia 29 de Junho, ao final da tarde, atreva-se a ir conhecer a Livraria Couceiro (são vários andares de livraria!) e a dizer-me «olá». Vou estar a apresentar não um, mas dois livros. E, pronto, vá lá ouvir o episódio, se faz favor. Obrigado!
(A sessão será às 19h30, hora galega, do dia 29 de Junho de 2023, na Livraria Couceiro.)
Onde descrevo uma viagem à minha caixa do correio. — Onde falo também de um livro novo de que estava à espera há muito tempo. — Onde tento evitar dizer "enfim".
Os livros foram:
- As 1001 Noites (traduzidas por Hugo Maia)
- O Centro do Mundo, de Ana Cristina Leonardo
- Crónica do Rei Pasmado, de Gonzalo Torrente Ballester
- Messy, de Tim Harford
- Grande Dicionário dos Pequenos Impostos, de Sérgio Vasques
- The 100 Best Non Fiction Books of All Time, de Robert McCrum
- Go Figure, de Tom Standage
- De maneira que é claro, de Mário de Carvalho
- The Diary of a Bookseller, de Shayn Bythell
- Negra espalda del tiempo, de Javier Marías
- Todas las Almas, de Javier Marías
- Cuentos únicos, de Javier Marías
Onde falamos de livros que falam de outros livros e da sempiterna confusão entre ficção e realidade e ainda da vontade que algumas pessoas têm de se verem dentro de um romance.
Onde se descobre uma livraria na Escócia. — Onde se olha para uma etiqueta com o preço do livro. — Alguém quebra a regra mais básica do marketing.
Onde se fala de Mário de Carvalho e de dois suecos que não mexiam as mãos. — A conversa desvia-se para outros temas...
Onde se fala de James Bond e da origem da vida. — Onde também se fala de assuntos muito sérios.
Onde se apresenta um livro que é uma lista, esse eterno amor dos seres humanos. — O autor descobre um problema no livro. — Ficamos a saber qual é o primeiro livro da lista (mas só esse). — Onde também se fala de tradução.
Onde o autor sugere um livro interessante sobre um tema aborrecido. — Onde se apresentam vários impostos portugueses que não lembram ao Diabo.
Onde se revelam os vários tipos de livros nas estantes do autor. — Onde se pede a colaboração dos ouvintes. — Por fim, onde se revela que há um livro que o autor quase terminou, mas deixou duas páginas por ler.
Onde revelo como o livro de um economista me levou a um concerto em 1975.
Onde se conta a história de um rei que ficou pasmado com uma mulher e quis ver a rainha nua.
Onde se faz um convite, ou melhor, dois (para ir à feira, claro está). — Onde o autor sugere dois livros que não são para crianças e em que aparece um rei de Andorra (que afinal era russo).
Onde se apresentam as razões para mais um podcast. — Onde se fala também sobre o excesso de podcasts e sobre um velho programa de rádio dos anos 80 (de que ninguém se lembra). — O autor faz dois pedidos aos leitores.
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