81 avsnitt • Längd: 75 min • Månadsvis
Um podcast dedicado a interpretar as relações entre música e política.
The podcast Balanço e Fúria is created by Rodrigo Corrêa. The podcast and the artwork on this page are embedded on this page using the public podcast feed (RSS).
A prática artística de Raphael Escobar é também educacional e política. Marcada pelo trânsito entre museus, galerias e a rua – especialmente a Cracolândia – vemos nela a proposição do conflito como chave para subversão dos espaços e o escancaramento das contradições dos lugares tidos como públicos.
Contra a tecnologia de morte aplicada pelo Estado sobre populações vulneráveis, blocos de carnaval, rodas de samba e rima e práticas das artes visuais são usadas como tecnologias de vida na ativação de pessoas e lugares onde a opressão é regra.
E a conversa de hoje é sobre isso. Confundir para organizar, organizar para tomar. A alegria, os museus, a criação, a dignidade.
Quem teve acesso à internet do fim dos anos 90 e começo dos anos 2000 jamais imaginaria que ela se tornaria um dos principais instrumentos para a elaboração do fascismo de nosso tempo, um impulsionador da crise política e estética, seguido da crise cognitiva que determinaria uma nova subjetividade em seus usuários, assim como uma nova definição de capitalismo ultraprecarizado e ultraliberal, que confundiu ainda mais os limites do trabalho, das liberdades e da democracia liberal.
Da guerra cultural à plataformização, passando pela monopolização das Big Techs e a disputa geopolítica baseada nas tecnologias criadas a partir do que resta da internet, Leonardo Foletto caminha sobre uma breve história das redes de compartilhamento, da pirataria, do hackativismo até o apodrecimento algorítmico fascista em que nos encontramos agora.
A noite nessa conversa não é só uma metáfora. Falamos, sim, de uma política rastejante, que se dá nas sombras, no descuido dos que descansam, capaz de revelar uma outra cidade sobre a cidade, mas que, no seu sentido literal, não tem como momento de reverberação a luz do dia.
O Laboratório Noturno é um coletivo/grupo/laboratório que reúne pessoas que fazem, vivem e pensam a noite em espaços para articulações multidisciplinares que usam da crítica, da performance, da arquitetura e das artes visuais para amplificar a potência e preservar a memória dessas produções.
Saiba mais sobre o Laboratório Noturno: instagram.com/labnoturno
2025 começou com uma torrente que mostrou que nosso ânimo do fim do ano passado demandaria mais energia e rigor do que esperávamos.
Passaram-se pouco mais de 20 dias desde que o ano começou, e a fragmentação do tempo, da atenção e das redes sociais está aceleradíssima, mais do que nunca, e com uma pitada ainda mais pesada de fascismo nessa combinação toda.
Pelo menos nossos planos não foram desbaratados – até agora – e mesmo que tenham se deparado com a confusão de um ano que começa a milhão por todos os lados, a cabeça ainda funciona e trazemos a primeira novidade: estamos no substack!
Acreditamos que essa outra frente inaugura novas possibilidades de articular ideias e vontades: textos mais longos para compor o Memória Gráfica da Contracultura Brasileira, uma melhor acomodação de imagens, ensaios, entrevistas, maior interação com a comunidade que formamos aqui, e de quebra, mais uma possibilidade de apoiar financeiramente o projeto.
Saiba mais acessando balancoefuria.substack.com e inscreva–se!
Bom ano e boa sorte pra todo mundo. Nos vemos por aí!
É impossível pensar a história do rap nacional desatrelada da história de seus territórios. Dizer isso pode soar básico demais, já que todo fenômeno cultural pode ser analisado a partir de seu lugar de origem, mas no caso do rap, a quebrada assume um lugar fundamental em sua forma.
“Periferia é periferia em qualquer lugar”, diz a clássica “Brasília Periferia”, de nosso convidado, @gogpoeta, e é daí que parte nossa conversa.
Diante das semelhanças que irmanam as periferias de todo Brasil, buscamos suas especificidades.
Qual a formação do rap brasiliense? Quais os embates travados na produção da cultura tão próxima ao centro do poder do país? Como interagem as diferentes gerações do rap que já não compartilham mais a mesma abordagem em suas criações?
Escutem e repassem a palavra.
Até 2025.
Arto Lindsay viveu entre o Brasil e os Estados Unidos, atravessando momentos definitivos para as artes visuais, a contracultura e a música experimental. Músico, compositor, produtor e artista multimídia, iniciou sua relação com o Brasil aos três anos, quando a família missionária se mudou para Pernambuco.
Sua condição de proximidade e ao mesmo tempo distanciamento das produções que se davam entre os dois países, fez com que sua criação refletisse tanto as formas presentes na bossa nova, na tropicália, no carnaval, quanto no free jazz, no pós-punk e na arte sonora.
Nessa conversa sem tema, perseguimos o repertório de Lindsay que vem de encontros com William Burroughs, passando por sua busca pela elaboração de uma forma diferente com DNA, Ambitious Lovers e seu projeto solo, chegando ao seu encontro com o que há de novo sendo produzido, seja o último disco de Tyler the Creator ou as produções de Gabriel do Borel.
Um episódio – ou uma convocação – para a próxima @punkreggaeparty, que acontece domingo, 10 de novembro, de graça!
Em conversa com @felixbarreira e @arielinvasor, comentamos a edição da festa que terá a reunião da primeira banda punk do Brasil, Restos de Nada, lançamento do novo álbum em vinil da @sistahchilli e o segundo show do @cismacisma_.
Na discotecagem em vinil, a seleção conhecida do residente @felixbarreira , acompanhado de @thiagor.osa na frente reggae e @ja1.jao & @allangcieri na frente punk.
Basta retirar o ingresso e colar: https://www.sympla.com.br/evento/punk-reggae-party-com-restos-de-nada-sistah-chilli-cisma-na-tarantino-cervejaria/2682596
Nos vemos lá!
A popularização do disco de vinil como forma dominante de distribuição musical em meados do século XX foi importante não apenas para que artistas conseguissem difundir sua música de forma independente, mas também para que movimentos de libertação, campanhas de solidariedade, organizações comunitárias e iniciativas de conscientização ampliasssem o alcance de suas mensagens.
Radical Records – Uma enciclopédia da música independente e lutas por libertação, de Josh MacPhee, é um livro que reúne informações sobre música política e produção cultural radical. Ele articula selos que atuaram em conjunto nas lutas sociais, utilizando a cultura como uma plataforma ativa em processos revolucionários e experimentando na prática novas relações de trabalho, distribuição, linguagem e estética.
Das lutas anticoloniais na África e Palestina, passando pelas campanhas de solidariedade com os países sob ditadura da América Latina, chegando aos selos de jazz, punk, cumbia, merengue, dub e seu compromisso com as lutas locais, essa conversa visita experiências pessoais e históricas que apresentam outras formas de se consumir, distribuir e fazer cultura e política.
Radical Records está em uma campanha de financiamento coletivo e você pode contribuir com a publicação em: benfeitoria.com/radicalrecords
Quando a nossa noção de uma elite capitalista brasileira, antes industrial e urbana, se desloca para a ideia de uma elite do interior do país dada a produção de commodities, a difusão ainda mais marcante do sertanejo (ou "agronejo") opera como expressão que corrobora com o desejo de representação dessa elite no imaginário cultural.
Agora, o sujeito que trabalha com a terra é representado como proprietário, que ocupa lugar de poder e é politicamente articulado.
Essa conversa surge a partir do texto "O agro realmente é pop: sobre a hegemonia do sertanejo na era da pós-música", de Douglas Rodrigues Barros, publicado em 2023 na Revista Rosa. Hoje, novas camadas podem ser acrescentadas sobre a reflexão do monopólio que tornou o sertanejo uma expressão inescapável nos últimos 15 anos, e cada vez mais aliada das representações neoliberais, reacionárias e conservadoras.
Para ler o texto mencionado, acesse https://revistarosa.com/7/agro-realmente-pop
Essa conversa que retoma à contrapelo a história do jazz, se desenvolve não só na intenção de demonstrar a presença das mulheres na construção do som e do pensamento, mas também no exercício de trazer à vista o que há de belo e estranho nessas elaborações sonoras e intelectuais, combatendo a ideia de "diva" e "musa" e celebrando o potencial no que há de experimental, no controle das formas de produção, na genialidade e na maneira diversa que essas mulheres criaram sobre o jazz.
Do continente Africano às Américas. De Mary Lou Williams, de Atlanta à Tânia Maria, de São Luís do Maranhão. De Jeane Lee, de Nova York à Emahoy Tsegué-Maryam Guèbrou, de Adis Abeba. Elas estiveram lá e permanecem aqui.
Mais do que a capital do reggae no Brasil, a história do Maranhão é marcada também pela produção jazzística que desde os anos 1920 não só se demonstra a partir da aparição de exímios músicos, como também é instrumento para leitura das contradições e lutas presentes entre as classes subalternizadas no Brasil de ontem e hoje.
De Adhemar Corrêa à Tânia Maria, de New Orleans a São Luís, nessa conversa tratamos da potência que transcende e combate qualquer noção de regionalismo, tendo todo sotaque da produção legitimamente maranhense.
Acompanhe Tonny Araújo Jr. (@tonnyaraujojr) e Isaías Alves (@isaiasalvesmusic):
Os negros na história do jazz do Maranhão:
https://agenciatambor.net.br/opiniao/os-negros-na-historia-do-jazz-do-maranhao/
Cultura, música, literatura e jazz no Maranhão:
https://www.youtube.com/live/zKfGRYBwNdA?si=1642xMXvYEJFpP3u
De St. Louis a São Luís: os primeiros vestígios do jazz no Maranhão:
https://www.sobreotatame.com/de-saint-louis-a-sao-luis-os-primeiros-vestigios-do-jazz-no-maranhao/
Escute Isaías Alves:
https://open.spotify.com/intl-pt/artist/1KqNJYcYfLtszc3g1aoCVN
Em junho de 2023, as revoltas de junho de 2013 completam 10 anos, e se debruçar sobre este momento sem considerar pelo menos 10 anos antes e as composições artísticas e contraculturais que se somaram aos movimentos sociais e autônomos em diversas lutas anticapitalistas, que iam de manifestações contra o G8 até mobilizações pela tarifa zero, é um erro.
Nessa conversa não relembramos apenas dos grupos, coletivos, bandas, festivais e canções que se associaram no começo dessas lutas e da formação do Movimento Passe Livre, mas também especulamos sobre os desdobramentos dessas lutas protagonizadas pela juventude que tinha no exercício das novas linguagens, da música, da tecnologia e da prática autônoma, formas de se fazer política e de se infiltrar nas brechas do poder.
A música eletrônica legitimamente brasileira é aquela que radicaliza sua forma em espaços próprios, dispensando os centros, as grandes gravadoras e produtores tradicionais, para se dar em experimentos diversos que são desdobramentos do funk, do forró e de uma linguagem absolutamente sintonizada com o que interessa aos seus criadores e público.
São as batidas de funk com texturas estranhas, agudos extremos ou formados só por graves, é o forrózin se materializando de forma 100% eletrônica, é a interação mais ampla com outras plataformas como o TikTok, o instagram e com o "viral".
Nessa conversa, Gg Albuquerque nos apresenta a conjunção que compõe a forma livre da música eletrônica brasileira contemporânea que faz o Rick Bonadio chorar.
Uma conversa que visita coisas entre Brigada do Ódio e Jocy de Oliveira.
Aline Vieira e Yuri Bruscky pesquisam, pensam e fazem ruído. Tem no experimento desse espaço que aqui chamamos amplamente de "música experimental" um lugar composto não só de crítica estética, mas também de crítica política, não só da expressão sonora, mas também de performance e de desafio em relação aos procedimentos da criação disso que atravessa tanto as perspectivas da academia, quanto das artes, tanto as vertentes do punk, quanto da música eletrônica.
Masterização por @igorsouzadbk / Edição por @transfonico
A palavra é trânsito, e nessa conversa com Rodrigo Ogi somos apresentados ao percurso que compõe sua expressão como alguém da escrita em constante interlocução com a rua.
Das histórias da avó às audições dos discos da Clara Nunes com a mãe, do começo da pixação em 1995 às madrugadas dedicadas ao hip-hop nos primórdios da internet no começo dos anos 2000, de Ndee Naldinho à Quinto Andar... essa conversa foi acima de tudo sobre palavra, forma e linguagem.
No fim dos anos 90, uma fita K7 com algumas músicas de bandas punks sem identificação chega às mãos de jovens do interior do Amazonas, mais especificamente no território do povo Baniwa. Denilson é um desses jovens arrebatado pelo conteúdo da fita que imediatamente criava uma identificação entre a visão de seu povo e a lírica apresentada por aquelas bandas.
O caos, geralmente rechaçado pelos valores ocidentais/judaico-cristãos, é um elemento considerado tanto pelos Baniwa quanto pelos punks em sua composição de sua visão de mundo, e talvez essa seja uma das principais razões para especularmos uma vida permeada pela busca de reconhecimento, justiça e dignidade tendo o enfrentamento na arte como plataforma.
Denilson Baniwa é artista plástico e nessa conversa nos conta um pouco sobre sua juventude que teve o punk como um dos atravessamentos que foram fundamentais em sua formação.
Se a virada do milênio prometia a possibilidade de outro mundo à uma juventude que, para além da prática política, experimentava outras formas que questionavam a estrutura do poder, da cultura e da comunicação tendo a música como vetor, nos anos 2010 esse horizonte começa a nublar e as mobilizações políticas e estéticas à esquerda sofrem um revés que culmina na ascensão da extrema-direita no Brasil.
2023 começa com desafios imensos, que mistura a necessidade de superar a nostalgia, de reorganizar os desejos de encontro/mobilização/criação e de combater da direita que não tão cedo voltará para o esgoto.
Nessa conversa com Rodrigo Lima visitamos algumas obras de sua banda, o Dead Fish, e como os atravessamentos políticos refletiram na sua escrita e na organização das cenas, coletivos, selos, artistas e da indústria fonográfica.
Masterização por Igor Souza/@mitrarecs
Arte de Flávio Grão
O Free Jazz enquanto expressão não só significou a extrapolação dos parâmetros musicais do jazz, mas também trouxe consigo um repertório político e simbólico que se relacionariam profundamente com dimensões materiais de outros campos – interagindo, contribuindo, compondo e incorporando em sua forma os processos das lutas da população negra estadunidense e africana.
Nesse episódio encontramos Rômulo Alexis e Du Kiddy para conversar sobre os resquícios coloniais que habitam a escuta e a prática musical ocidentalizada – estética e politicamente – e sobre aqueles e aquelas que dedicaram e dedicam sua vida à criação de uma arte cheia de potência contra o esvaziamento imposto pela dinâmica colonial.
Albert Ayler, Art Ensemble of Chicago, John Coltrane, Ornette Coleman, Pharoah Sanders e vários outros passaram por aqui.
Como aproximar o punk das mobilizações que historicamente lutaram e lutam pelo direito à cidade? Podemos especular a influência das produções dos anos 60 próximas aos situacionistas e a crítica ao urbanismo moderno, podemos especular a influência dos happenings do Provos, grupo holandês que tinha a cidade como palco para ações de desvio e ocupação tensionando a relação entre o público, o privado e as autoridades, e de forma mais crua, até pensar em como o ganguismo redesenhou a geografia da cidade partindo de uma outra configuração de fronteira.
Olhar pra tudo isso significa olhar para o deslocamento da periferia ao centro. É sobre o fato de pagar para ir ao trabalho, à escola, aos shows e às manifestações, e no Brasil, no começo dos anos 2000, uma geração que já pertencia a uma tradição do punk bastante inclinada às mobilizações de rua, se encontra nas organizações de luta pelo passe livre, juntos de outros movimentos sociais, partidos e coletivos.
Esse episódio é dedicado ao punk e ao Movimento Passe Livre e celebra o livro de Rodrigo Lopes de Barros, "Distortion and Subversion Punk Rock Music and the Protests for Free Public Transportation in Brazil (1996–2011)", publicado esse ano pela Liverpool University Press.
O que há no percurso que conecta percepções de mulheres negras envolvidas com o punk, com suas diferenças de espaço e tempo, geografia e geração, entre o centro e a periferia da economia, da produção cultural e intelectual?
Nessa conversa, Daisy Serena nos traz um tanto de sua vida em um exercício que aproxima a pedagogia contida nas práticas e elaborações de Lélia Gonzalez, Bulimia, bell hooks, Bikini Kill, zine Gunk, Sistas grrrl’s riot e tudo mais que couber na ideia de uma vida desenhada em uma conversa de 50 minutos sobre raça, gênero, classe e punk rock.
Desvio, expropriação, cópia, roubo… são muitas as formas de qualificar a prática da pirataria. Uma prática que hoje talvez tenha perdido o sentido, mas que há muito tempo exerce a função de descentralizar e redistribuir cultura.
Dos piratas do séc. XV às práticas da collage surrealista ou détournement situacionista, das rádios livres na Itália dos anos 70 às rádios piratas do Brasil dos anos 90, do boom da internet e da popularização das práticas de difusão de conteúdo que burla o direito à propriedade intelectual ao revés centralizador dos monopólios de streaming.
Uma conversa com @leofoletto sobre tudo isso e algo mais.
Depois de mais de um mês sem episódios, voltamos!
Na companhia de Felinto e Mafalda, cruzamos as experiências e as produções das quebradas através da música eletrônica. Experiências e produções que consideram o trânsito, que abarcam as complexidades das sociabilidades, das disputas de território, da criação de espaços, do mundo que existe entre a zona sul, norte, leste e oeste até o centro.
Do Madame Satã ao Sound Factory, do miami bass ao house, das tretas às assimilações. Dedicado a todo clubber de quebrada, cybermano, poperô, lagartixa ou jangueiro.
Ao fim da segunda guerra mundial, a Inglaterra, apesar de vitoriosa, se vê na necessidade de reerguer suas estruturas estremecidas pelos quase 20 anos de conflito entre os países Aliados e os do Eixo. Para sua reconstrução, mão de obra indiana, paquistanesa e caribenha foi incorporada a partir de facilitações nos processos de integração dos imigrantes à sociedade britânica. Com esses imigrantes, veio a cultura, e dessa integração entre os imigrantes e os ingleses, revelam-se novos dilemas nas relações entre a juventude.
Podemos dizer que as experiências musicais e sociais, experimentadas em solo britânico, mais intensas, vivas, criativas e conflitantes se deram no período de 1950 à 1980? Acho que sim.
Um episódio sobre Desmond Dekker, Laurel Aitken, The Clash, Trojan Records, Blue Beat, Don Letts, 2 Tone Records, Lee Perry, Rock Against Racism e algo mais.
Episódio masterizado por Igor Souza, do estúdio Mitra.
As correspondências via carta nos anos 80 e 90 foram talvez a única forma dessa geração se corresponder, a mais barata e acessível, mas ao mesmo tempo, foi a principal plataforma para o exercício da escrita e da leitura, do esforço de entender e se fazer entendido, de responder a uma outra temporalidade que está longe de pertencer a lógica do imediato e do simultâneo.
Douglas Utescher se apropriou dessa prática por boa parte da sua vida e refinou suas percepções estéticas, políticas, músicas e literárias através dela.
Dentre os discos mais importantes do punk nacional, dois são coletâneas. Coletâneas frutos da mobilização de duas bandas que abrem mão de lançar um disco individual, como o Cólera (no caso do Sub) e Olho Seco (no caso do Grito Suburbano), para incluir outras bandas no registro. Aqui temos o primeiro registro daqueles que tiveram a forma independente como método e como princípio, daqueles que tinham na sua negação a sua atividade.
Sub, Grito Suburbano, O Começo do Fim Mundo, Ataque Sonoro, coletâneas gravadas na casa dos amigos que tinham os discos, cartas e fitas trocadas entre punks da Vila Carolina, do meio-oeste dos Estados Unidos ou de algum lugar da Finlândia no começo dos anos 80.
A conversa com Clemente Nascimento é sobre isso.
Amiri Baraka enquanto vivo buscou ser livre até que finalmente fosse. Caminhou junto de Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Ted Joans nos inferninhos de Greenwich Village, em Nova York. Conheceu a Cuba em seu processo inicial pós-revolução e volta para casa transformado. Radicaliza sua forma política e estética a partir do nacionalismo negro durante mobilizações pelos direitos civis nos anos 60. Assume o marxismo-leninismo sob o contexto dos movimentos de libertação do terceiro mundo nos anos 70. Fundou editoras, construiu periódicos, lançou discos e levou um tapa na cara do Charles Mingus que não gostou de algum escrito seu sobre Jazz de vanguarda.
Tudo isso sob o som e companhia de alguns nomes como Archie Shepp, Albert Ayler, Cecil Taylor, Sun Ra e inúmeros outros...
Desculpem a descrição bagunçada. A vida de Amiri Baraka foi grandiosa.
Diego Max é produtor musical e artista gráfico de Assis, velho oeste paulistano, e desde o começo dos anos 2000 orienta seus afetos criativos a partir da necessidade da descoberta das brechas para se criar um lugar, seja em um apartamento apertado no centro de São Paulo ou na COHAB em sua cidade natal.
Um episódio dedicado aos interioranos e ambiciosos, sem herança, muitas vezes precarizados e cansados por esse mundo que ainda não nos venceu.
Do norte do México ao sul da Argentina, a cumbia mobiliza os corpos para se movimentar em sua direção.
Cumbia é sobre amores perdidos, ganhados, festas, ódio à polícia, mas também sobre identidade latinoamericana, auto organização e mobilização coletiva.
Aqui conversamos com Pablo Fidel, membro da importantíssima banda de cumbia argentina La Delio Valdez, que não é só grande pela qualidade musical, mas também pela forma cooperativa de funcionamento baseada nas experiências das fábricas argentinas recuperadas pelos operários no começo dos anos 2000, Pensanuvem, que há 10 anos nos aproxima da linguagem cumbiera e de nossos vizinhos latinoamericanos e Guilherme Miranda, que tem sua vida cruzada pela paisagem argentina, do boxe ao futebol, do punk a cumbia.
A fotografia e as capas dos discos de jazz foram potentes o suficiente para forjar no imaginário de seu público uma forma que torna impossível seu não reconhecimento. Uma forma capaz de atingir a síntese mais refinada do que significa beleza e radicalidade, simplicidade e complexidade.
Uma conversa com Ricardo Magrão que cruza a trajetória de nomes como Francis Wolff, Reid Miles, Blue Note, Prestige, Atlantic, Black Jazz e outras mais.
Os últimos anos da ditadura no Brasil foram permeados por um espírito do tempo que soprava um vento que trazia como novidade política e artística movimentações que iam do trotskismo da LIBELU ao som do Gang of Four, das intervenções do grupo Viajou Sem Passaporte aos encontros no Madame Satã, da necessidade de romper com a complexificação proposta pelo rock progressivo a vontade expandir com o minimalismo que compõe o pós-punk.
Esse é um passeio de 77 a 85 com Miguel Barella e Alex Antunes.
Das partidas que aconteciam entre uma banda e outra no galpão do Jabaquara, durante as Verduradas, para a formação de um time punk, à esquerda e antifascista que criou conexões com times da mesma dimensão em outros países da Europa e da América do Sul.
Uma conversa sobre punk, torcidas organizadas, futebol de várzea, outras formas de se formar um time e se organizar uma partida, movimentos autônomos, antifascismo e sobre o que estamos fazendo e o que podemos fazer de nossas vidas.
No começo desse mês de novembro, em Glasgow, na Escócia, aconteceu a COP 26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e a representante do Brasil nessa conferência foi a ativista indígena Txai Suruí, que além apresentar as demandas de seu povo, denunciar as iniciativas de um governo devastador e alertar o mundo sobre o massacre de indígenas que acontece em solo brasileiro, trouxe em seu discurso referências que iam dos zapatistas aos Racionais MC's.
Uma conversa sobre luta, terra, território e também sobre rap.
O processo de redemocratização do Brasil, Desmond Dekker, as greves operárias do ABC no fim dos anos 70, a convergência estético-política da origem operária dos punks e skinheads, as contradições e as virtudes que compõem a prática de cada um, a fundação do PT, a coletânea Strenght Thru Oi!, a retomada das mobilizações dos movimentos sociais, Redskins… os que moram do outro lado do muro nunca vão saber o que se passa no subúrbio.
Uma conversa sobre punks, skins e socialismo com o professor Mao.
O cruzamento do dancehall, drum & bass, jungle, ragga e rap nas ruas de Londres no começo dos anos 2000 fez com que uma nova expressão musical à margem, impulsionada pelas rádios piratas e sound systems, se desenvolvesse. O Grime é a síntese dessa mistura no som e da crueza da vida vivida na lírica. Este episódio com Antconstantino percorre o caminho que rememora a trajetória do gênero em seu início até respingar no Drill quando inspira os estadunidenses e no funk, quando chega ao Brasil.
A articulação do punk com movimentos de resistência dos mais diversos sempre foi notável. Da causa palestina aos direitos dos animais, de movimentos de ocupação ao direito à cidade... enquanto mobilização estético/político/cultural, é um movimento que historicamente foi capaz de assimilar as demandas de seu tempo e se por ombro a ombro com aqueles protagonizavam a luta, e com a causa dos povos originários não seria diferente.
Andreza e Josimas, além de voltarem sua vida para construção de espaços para o fortalecimento do anarquismo, do punk, do veganismo e do faça-você-mesmo, também atuam ao lado dos Tupi Guarani com o Vivência na Aldeia.
Ao cruzar o atlântico rumo às Américas, a diáspora africana levou consigo tantas coisas quanto deixou. A espiritualidade, as formas de sociabilidade e a linguagem desaguavam em suas expressões sagradas e musicais. Do blues ao free jazz, de Amiri Baraka à Kamasi Washington, da relação de John Coltrane com o islã à formação musical dentro da igreja católica de Billie Holiday, a espiritualidade rebelde estava lá.
A singularidade do rap carioca sempre foi notável, da lírica às batidas, das influências à personalidade daqueles que o fizeram, são muitos os elementos que marcaram a forma de se fazer rap no Rio de Janeiro nos anos 90 e 2000.
Uma conversa com Marcelo D2 que atravessa os bailes funk dos anos 80, a influência do skate e do punk para o rap e um caminho único que consegue cruzar Sonic Youth e Public Enemy e The Cure e Jovelina Pérola Negra numa mesma ideia de composição.
Um episódio sobre os artistas do fracasso e a constituição de comunidades no subsolo da indústria cultural.
Fugazi, Henry Flynt, John Cage, Ben Davis, Adorno, Marx, a cena japonesa e a realização política a partir da organização coletiva se misturam nessa conversa sobre música experimental, noise, free-jazz, punk, arte conceitual e derivados.
Link do texto que baseia o episódio:
https://lavrapalavra.com/2020/06/04/gato-tosco-contra-tigres-de-papel/
Shaft, Superfly, Sweet Sweetbacks Baaddassss Song, Coffy, Isaac Hayes, Curtis Mayfield, Earth Wind & Fire, crítica a violência policial, subversão dos papéis sociais, violência, humor, crítica ao racismo estrutural, soul, funk, Motown e Stax.
Um episódio sobre a vida do cinema e da música negra norteamericana dos anos 70.
O In-Edit é um evento cinematográfico que tem como objetivo fomentar a produção e a difusão de filmes documentários que tenham a música como elemento integrador. Começou em 2002 em Barcelona e desde 2009 acontece no Brasil.
Uma conversa que contempla dos primeiros atravessamentos entre música e produções audiovisuais de Maurício Gaia e Andrea Pasquini (membros da organização e curadores do festival) até a programação e a composição do evento que acontecerá esse ano.
Em 2021, a 13ª edição será realizada online, para todo o Brasil, entre os dias 16 e 27 de junho.
Das capas dos discos do Subhumans e Black Flag as semelhanças com o trabalho de Laurie Rosemberg, do encontro com o Discharge ao encontro com John Heartfield, dos flyers de shows a exposições em galerias, de trabalhos na sala de amigos ao acervo da MAC-USP...
Uma conversa com Sesper que apresenta as influências, recursos e atravessamentos de uma trajetória artística que cruza as ruas e as galerias.
O Começo do Fim do Mundo, No Future, guerra fria, bomba nuclear, ascensão do neoliberalismo, desemprego, alta tecnologia e baixa qualidade de vida, William Burroughs, Blade Runner, anos 80... seriam os punks os maiores anunciadores do apocalipse ou do fim do futuro da segunda metade do séc. XX?
Uma conversa com Acácio Augusto e Wander Wilson.
Existe um caminho que cruza o boxe com a tradição política socialista das ocupações italianas, com os interesses de Julio Cortázar, Miles Davis e Prince Buster, com a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, com a discussão do jovem anarquista inglês Albert Meltzer com a grande Emma Goldman, com a composição da Frente de Choque do Partido Comunista Brasileiro nos anos 30 contra os fascistas e algumas coisas mais.
Conversa com Breno Macedo e Raphael Piva sobre boxe, autonomia e antifascismo.
Escutem!
Por entre os rasgos da modernidade revelam-se expressões que no juntar dos cacos do mundo mostram sua potência.
O ato de colar papel sobre uma superfície vem desde a antiguidade e atravessa o mundo em desencanto, a realidade da guerra e a crise da vida no capitalismo. Uma técnica apropriada por artistas de vanguarda, de não-vanguarda, pela contracultura, pelos intelectuais, pelo punk e por quem quis.
Uma conversa sobre pappier colé, assemblagem, collage, colagem com Fabiana Gibim e Mário de Alencar.
Quando foi que a direita passou a evocar pautas historicamente defendidas pela esquerda ou oriundas de meios contraculturais? Como se dá esse movimento que esvazia termos e conceitos, subvertendo o sentido para benefício próprio? Seria capaz a direita prosperar produzindo cultura da pior qualidade, como vem fazendo? Haverá futuro? Haverá futuro?
Essas são algumas questões que Amauri Gonzo nos apresenta nessa conversa.
Muito antes dos algoritmos ditarem o que você deve ouvir primeiro, os vídeos de skate faziam o serviço de curadoria musical para composição de cada parte, fazendo com que em uma hora de vídeo você passasse por John Coltrane, King Diamond, Nas, Jeru the Damaja, Patife Band, Jackson 5 e Gang of Four.
Kamau no mic.
O cartaz é parte essencial das produções oriundas da contracultura. É o espaço em que a arte e a mensagem se realizam, em que há a possibilidade do experimento e de tradução de recortes complexos da história com texto e imagem, ou menos que isso.
Camila Rosa é ilustradora e nessa conversa atravessamos um caminho que visita brevemente suas referências e sua trajetória, dos flyers de shows punks que denunciavam o movimento do mundo às ilustrações de Emory Douglas nas ações dos Panteras Negras.
Escutem!
Se nos anos 80 o punk europeu evidenciava a derrocada do liberalismo, que deixava toda uma juventude sob a condição do desemprego, do tédio, da falta de perspectiva e o punk brasileiro evidenciava o resultado de 21 anos de ditadura militar e vivia uma recessão econômica, a miséria e a violência, nos anos 90, outro horizonte se abre para jovens que descobriam o hardcore/punk como uma plataforma para acessar e difundir algumas pautas que até então eram pouco elaboradas pela geração punk anterior, como os direitos dos animais, direitos humanos, reforma agrária, globalização, a oposição ao projeto neoliberal e outras formas de se pensar a prática política à esquerda, através dos coletivos, da Ação Global dos Povos, Comitê Pró-Zapatista, do Centro de Mídia Independente, dentre outras várias questões que permearam o imaginário de uma geração que atravessa os anos 90 até meados da primeira década dos anos 2000.
Uma conversa que visita o Harlem dos anos 20 e vê as poesias de rua sendo elaboradas a partir da estrutura do jazz, passa pelas aproximações da linguagem musical de Miles Davis e Herbie Hancock de algo que se volta aquilo que poderíamos chamar de rap, se afunda nas produções dos anos 90 onde esse casamento é celebrado com nomes como A Tribe Called Quest, Digable Planets, The Roots, J Dilla, Guru, Pete Rock... chegando até os anos 2000, em que os músicos de jazz tem em seu repertório uma história marcada pela audição de rap.
Uma conversa que atravessa a erudição rueira do Harlem Renaissence, passa pelo engajamento do jazz dos anos 60, cai na produção fonográfica que propagandeava a causa do Black Panthers Party pela voz de Elaine Brown e The Lumpen, cruza a influência dos panteras negras e Young Lords no surgimento do hip hop, chega ao Brasil dos anos 70, em que as movimentações políticas e tensões raciais nos EUA impactam fortemente alguns músicos daqui, assim como tantas outras coisas mais que reverberam no tempo fortemente influenciadas pelo caráter estético e ideológico dos Panteras Negras.
Escutem.
Alê Amazonia viveu na China por 8 anos e no processo de se estabilizar no país, se desloca de sua zona de conforto relativamente ocidentalizada em Shangai e parte para a periferia, submergindo em uma realidade chinesa muito diferente da que era vivenciada nos centros econômicos e pólos de trabalho repletos de estrangeiros. Esse movimento para o interior da cultura e das relações chinesa o coloca em contato com a cena punk local, montando sua banda e participando de movimentações onde muitas vezes se vê como o único estrangeiro.
Contradições, tensões, prisões, o milenar e o moderno cruzam nossa conversa.
Ouça!
Dos experimentos sonoros desenvolvidos pelos futuristas e dadaístas no começo do séc. XX, passando pela música concreta e música eletrônica alemã dos anos 50, pelo krautrock, pela disco, acid house e techno da cena britânica, de Chicago e de Detroit, elaboramos os processos de ruptura da forma de se fazer música a partir de máquinas, de ruídos e de modificações digitais de timbres e texturas, além dos aspectos comunitários que se dão a partir dessa música que é essencialmente negra e que abarca também a questão LGBTQIA+ e uma outra elaboração da cidade/espaço/tempo.
Historicamente a retórica punk sempre rechaçou a ideia de nação/pátria/fronteira, e com o passar dos tempos, as práticas que se voltavam muito para expressões estéticas, passam também a se voltar para questões políticas.
Enquanto rede internacional, a comunidade punk também se mobiliza para acolher e orientar imigrantes (ilegais ou não) e refugiados, auxiliando com teto, comida, com a língua e as burocracias do país.
Adriessa e Lilian vivem há algum tempo em Berlin e nos contam um pouco dessa relação com a comunidade punk/organizações de esquerda locais enquanto imigrantes latino-americanas.
A potência do pixo é capaz de transformar a cidade-mercadoria em cidade-jogo, a arte segura e cômoda em arte de risco, de vida e morte.
Uma conversa com Djan Ivson sobre a história do pixo, principalmente o desenvolvimento de suas fórmulas dos anos 90 até os dias de hoje.
Stonewall Inn, repressão policial, Marsha P. Johnson, Sylvia Rivera, solidariedade da comunidade LGBT com os movimentos de libertação nacional, oposição à guerra no Vietnã, Homocore, J.D's, Bruce LaBruce, MDC, Big Boys, Team Dresch, Outpunk, jornal O Lampião, os anarcopunks e a contribuição para a primeira Parada Gay de São Paulo, Espaço Impróprio, LadyFest...
Cauê Xopô e Bruna Provazi nos apresentam alguns elementos ajudam a vislumbrar a historia do queerpunk.
Qual a relevância do movimento das ex-presas políticas da ditadura militar no Brasil para a formação do primeiro coletivo das feministas anarcopunks em São Paulo? Qual o intercâmbio estabelecido com o movimento Hip-Hop? Como a produção de fanzines e a criação de espaços para formação intelectual permitiu a produção de uma literatura que documentasse a própria história?
Elaine Campos nos apresenta os caminhos traçados por algumas mulheres punks que se defrontam com o anarquismo e o feminismo no começo dos anos 90 e suas interlocuções com outros fenômenos culturais e políticos durante essa trajetória.
Pode o skate tensionar os limites que existem entre o público e o privado, contribuir para uma outra definição de cidade, juntar Tony Alva, João do Rio e Foucault?
Murilo Romão, skatista que documenta o skate de seu tempo e sua relação com a cidade nos fala sobre as referências que cruzam seus filmes para além das manobras.
Escutem!
A ruptura da separação entre arte/revolução e vida cotidiana
Como o samba se relacionou com a cidade, com a lei, com o trabalho, com o racismo, com a polícia e com a indústria musical? Qual a importância histórica do samba para o imaginário de um Brasil que cambaleou entre a ideia de progresso, desenvolvimento, modernidade e violência, exclusão e miséria?
Viny Rodrigues, cria da Casa Verde, nos apresenta caminhos para compreender o samba com o olho na religião, na geografia, no desvio, na resistência, no balanço e na fúria de viver.
Quem nunca viu vem ver caldeirão sem fundo ferver.
Aqueles que amaldiçoaram Jards Macalé, Walter Franco, Tom Zé, Jorge Mautner, Itamar Assumpção e Luiz Melodia são os mesmos que amaldiçoaram a música dos negros escravizados, os primórdios do samba, o brega e são os mesmos que amaldiçoam o funk e a pisadinha.
Uma conversa com Kiko DInucci que nos ajuda a entender a arapuca que a indústria musical e a crítica especializada podem representar para os artistas populares ou radicais.
Só quem é de lá sabe o que acontece. O que o Cólera e o Racionais Mc's nos falam sobre o Capão Redondo e o Brasil dos anos 80 e 90?
Conversa com Arthur Dantas, que além de ser um punk que ouve rap, é um estudioso que se debruçou sobre o Sobrevivendo no Inferno e Pela Paz em Todo Mundo produzindo um livro pra cada disco.
Escutem!
Qual a relação entre a comunidade hardcore/punk e os comitês pró-ezln, manifestações contra a ALCA e o G-8, contra a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a composição da "nova esquerda" no Brasil dos anos 2000?
André Mesquita e Rua F. nos ajudam a compreender a dimensão desse fenômeno
Escute o programa do Rua F. na viruscomun rádio comunitária aqui: https://mixlr.com/viruscomun/showreel/xruydox
e do André Mesquita aqui: https://mixlr.com/viruscomun/showreel/love-streams-004
Leia os escritos do André Mesquita em: http://andremesquita.redezero.org
O episódio da música argentina, chilena, uruguaia, peruana e colombiana. Uma passagem pela Nueva Canción Chilena, Nuevo Cancioneiro, Cumbia, rock sessentista, proto-punk e causos diversos sobre o engajamento e as roubadas dos artistas habitantes dessa terra chagada que é a América do sul.
Escute Sonidos Latinos: https://mixlr.com/viruscomun/showreel/sonidos-latinos-venezuela-70
Das montanhas ocupadas pelos rastafaris aos showmícios em defesa da candidatura de Michael Manley. A música jamaicana já disse: a babilônia cairá.
Das worksongs cantadas nas plantações de algodão ao Guru Jazzmatazz. Uma conversa sobre cultura, arte, política e diversão.
En liten tjänst av I'm With Friends. Finns även på engelska.